sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

QUEM MERECE VIVER OU MORRER ?

QUEM MERECE: VIVER OU MORRER ?


Apesar de não gostarmos de admitir, o ser humano é um indivíduo de visão bastante estreita em se tratando de assuntos como à vida, a doença e a morte. Apesar disso, quando fazemos algum avanço, nos arvoramos em detentores da verdade, forçando a Natureza a caber em nossos poucos conhecimentos e tentando reduzir o Universo a uma casca de noz. Este pensamento egoísta e pretensioso é típico do ser humano, principalmente daqueles que têm um conhecimento técnico mais amplo do que a maioria dos outros; mas têm uma visão mínima da vida, da natureza humana e do Criador.

Esta arrogância já foi experimentada muitas vezes e a história da humanidade nos conta esses tristes episódios que, infelizmente, acontecem em abundância. Apesar disso, observa-se que não aprendemos quase nada já que mantemos até hoje, um holocausto velado, que não se faz mais nos campos de concentração, mas nas ricas e bem decoradas clínicas, onde se propala uma “medicina fetal”, cuja arma “terapêutica” mais utilizada, é a morte de fetos, chamada clinicamente de “subtração”, sem levar em consideração o direito do espírito que precisa da encarnação. Sob o falso argumento de proteger a mãe e seus direitos, muitas mulheres são induzidas à “subtração” de seus fetos diante de diagnósticos de má formação ou síndromes genéticas. Diante da importância da medicina e seus praticantes em dar solução a determinadas doenças ou más formações, a saída é eliminar os futuros bebês, evitando que o “fracasso e a incompetência” anunciada se materialize. De início indicam a “subtração” dos fetos de má formação; em seguida, aqueles com genes que trarão doenças graves no futuro ou, então, para garantir que nada de ruim possa acontecer com aquela família. Depois, poderão aconselhar a “subtração” pelo fato da altura não ser a desejada, pela cor dos olhos, dos cabelos, o sexo não desejado, o grau de inteligência não agradável aos pais, e quantos mais motivos para esse “crime hediondo” praticado contra a Lei de Deus.

Na Holanda, já estão matando fetos com má formação da coluna vertebral. Tudo isso tem um nome: Eugenia. O ser humano escolhendo, segundo seus interesses ou convicções, quem merece viver e quem deve morrer a exemplo de muitos hospitais públicos que já praticam essa norma, em função da falta de condições de tratar de todos os necessitados. Depois de tantos séculos de experiências dolorosas, continuamos a incidir no mesmo erro, de querer decidir sobre a vida de nossos semelhantes, praticando uma atitude infeliz que gera dor e sofrimentos, pelo interesse de pessoas ou grupos, nos tornando algozes de futuros bebês e criminosos conscientes perante ao Leis de Deus.
Damos um exemplo a seguir: Uma jovem grávida levada a uma dessas
clínicas que julgam quem deve viver ou morrer, com um feto com “esclerose lateral amiotrófica”. É uma doença que provoca a destruição gradual das células do cérebro e da medula espinhal, que controlam os músculos do corpo, levando seu portador a paralisia que impede de se mover, de se comunicar, tornando-se prisioneiro do seu próprio corpo; capaz de pensar, mas incapaz de se expressar, até que a doença atinja seus músculos respiratórios, levando à morte, no máximo em três anos, após o nascimento. Certamente, o médico dessa clínica recomendará a “subtração” desse feto; pois quem gostaria de ter um filho assim? – Facilmente esse médico convenceria a família, se esta não tiver uma formação cristã. Imaginemos os argumentos: Vocês podem ter outro filho e não há necessidade de passar por tudo isso; em alguns minutos, tudo estará concluído e vocês poderão ir para casa e prosseguir com suas vidas.

Vamos oferecer ao médico um outro exemplo: Esse feto poderia se tornar um dos maiores físicos do mundo, professor em Cambridge, na mesma cadeira que pertenceu a Isaac Newton; escritor de livros incríveis que iriam facilitar o conhecimento da Física, para as pessoas comuns... O que o médico diria aos seus pais? – Certamente diria: - Vocês terão um gênio; essa criança trará grande contribuição à humanidade. Meus parabéns, vamos cuidar para que a gestação corra sem problemas e a criança nasça bem...

Analisando esses dois casos, chegamos a uma surpresa; os dois casos se referem a uma mesma pessoa; o doutor Stephen Hawking, que foi diagnosticado com uma doença, que após nascer e, contrariando a lógica de apenas três anos de existência, aos 21 anos de idade se formou em doutor, e formulou suas teorias sobre Física, escrevendo livros. Casou-se, teve filhos e assombrou a todos, vivendo por mais de 42 anos, com uma doença que deveria matá-lo nos primeiros anos de existência. A ciência humana tem feito prognósticos como o do primeiro caso, mas nunca será capaz de fazer prognósticos sobre os desígnios de Deus, como no caso do Dr. Stephen, que pela lógica, não teria chances de sobreviver.

Vejamos um outro caso: Conheci há alguns anos, uma mãe que deu a luz, um menino, na época em que fiz este artigo (2001) ele estava com 18 anos, tetraplégico e mudo, praticamente incomunicável com o mundo exterior. Somente seus olhos, com o brilho da vida que palpitava em seu interior, se expressavam cheios de sentimentos, mensagens e significados. Nascido já com todos os motivos para desistir da existência, ele sobreviveu por alguns anos. Contra todas as expectativas médicas, ele conseguiu desenvolver alguns movimentos e articular alguns sons, como comunicação com seus pais. A alegria espontânea do brilho dos seus olhos, era vida que transbordava de sua alma, como a dizer a todos ao seu redor: “Vejam, não posso fazer nada, dependo de alguém, até mesmo para coçar meu nariz, mas sou feliz porque
posso aprender alguma coisa e melhorar com esta existência”.

Fico imaginando, se ele pudesse falar talvez desejasse saber: “Como é
caminhar na rua num dia de sol, tomar banho na chuva, trocar a própria roupa? Como é falar ao telefone, fazer um carinho, sentir o vento no rosto? Como é cantar uma música, andar de bicicleta, assistir um filme comendo pipoca? Qual a sensação de andar de carro, pentear os próprios cabelos, olhar o firmamento e a lua cheia? - Ao imaginar tudo aquilo percebo quantas coisas que, às vezes não somos capazes de reconhecer e dar valor em nossas existências e que só valorizamos quando perdemos.

Perguntada por mim, se tinha desgosto pelo seu filho ter nascido com tantos problemas, ela me respondeu que o seu filho era uma bênção de Deus, pois ele tinha lhe ensinado a ser perseverante, resignada, agradecida, e só pedia a Deus que não o levasse antes dela, tal o amor que sentia pelo seu filho e porque ela não teria paz onde quer que estivesse.

Existiu em uma cidade uma menina que, aos 14 anos de idade, fora acometida por uma doença oftalmológica que redundou numa cegueira em ambas as vistas. Enquanto ainda enxergava, sua paixão era a pintura em tela. De fato, ela pintava muito bem, na sua idade. Por essa razão ela deveria ser privada da vida? Seus pais para evitar traumatismo psicológico, resolveram mudar para outra cidade distante e desconhecida, onde era de praxe, todo final de ano, realizar um concurso de várias modalidades de artes. Ela, ao tomar conhecimento, pediu aos seus pais que lhe inscrevesse na categoria de pintura. No dia da proclamação dos vencedores, o teatro estava com sua lotação máxima. A expectativa era grande entre os concorrentes. Para surpresa geral, ao ser exibido e anunciado o quadro vencedor, o autor era totalmente desconhecido.

Ela, ao se apresentar, causou espanto, ao constatarem que se tratava de uma menina com deficiência visual. A notícia causou suspeita de irregularidade
no tocante a seriedade do julgamento, e os responsáveis pelo concurso, para se resguardarem das imprevisíveis conseqüências, reuniram-se e deliberaram que fosse comprovada a veracidade da autora da obra. Ela deveria pintar outro quadro na frente da banca julgadora. Imediatamente foram providenciados pincéis, tela e tintas para que a menina pintasse outro quadro. O presidente da comissão examinadora disse àquela menina: - Você tem 15 minutos para pintar o que você quiser. Ela lhe respondeu: Qual o santo da sua devoção? – Ele respondeu: O Sagrado coração de Jesus. – Em alguns minutos, um lindo quadro com a imagem de Jesus estava pintado. A platéia delirou, enquanto o responsável, admirado, lhe perguntou: - Menina, como você pode fazer isso? Ela respondeu: A mamãe Natureza permite que os deficientes físicos laborem através de múltiplos sentidos e pela linguagem do Amor, que é Deus.

Estes são exemplos de muitos casos que acontecem por este mundo, que só o conhecimento das Leis Divinas pode explicar; a reencarnação, a expiação, a conformação, a aceitação, a evolução, tanto de filhos como de muitos pais.

Bibliografia:
Jornal “O Imortal”

Jc.
20/11/2010

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