terça-feira, 20 de novembro de 2012

O CRISTO REDENTOR

O CRISTO REDENTOR Jesus, na sua vida espiritual é um espírito bastante evoluído e criado muito anterior a mim; entretanto na sua existência humana, eu sou mais velho do que Ele, pois ele viveu apenas 33 anos e eu já passei dos 81 anos. Além disso, declaro que sou mais velho do que o Cristo, pela razão que passo a expor: Há exatos 81 anos, pontifica no alto do Morro do Corcovado, a imagem do Cristo. O projeto aprovado em 1924 foi de autoria de Heitor da Silva Costa. A estátua foi esculpida em Paris, pelo polonês Paul Landowsky. Prontas as peças da estátua em 1926, a montagem durou cinco anos e o monumento foi inaugurado em 12 de outubro de 1931, enquanto eu nasci em 13 de janeiro do mesmo ano, o que me torna mais velho do que o Cristo. A estátua do Cristo Redentor tem trinta metros de altura e pesa 1.145 toneladas; 28 metros separam as extremidades dos dedos das mãos. Pode-se chegar a ela por meio de uma estrada para veículo ou por meio do bondinho que sai da estação do Cosme Velho, no bairro das Laranjeiras, na cidade do Rio de Janeiro. Esse bondinho, chamado “Trem do Corcovado” foi inaugurado por D. Pedro II, imperador, em 9 de outubro de 1884, sendo ele, portanto, mais antigo do que o monumento do Cristo Redentor. A estátua que fica a 710 metros de altura, é vista por todos os que fazem a travessia Niterói-Rio-Niterói e os que andam pela Cidade do Rio de Janeiro, coração do Brasil. Durante os vinte e cinco anos que morei em Niterói e trabalhava ou ia à cidade do Rio de Janeiro, atravessando a baia de Guanabara, nas barcas, emocionava-me ao contemplá-la em sua majestade e às vezes envolta nas nuvens. De tão importante ela é, que nem podemos imaginar a cidade do Rio de Janeiro sem o Cristo Redentor. São oitenta e um anos abençoando e convocando o povo brasileiro e os visitantes estrangeiros à meditação e à oração. Talvez o Brasil seja o único país do mundo cujo maior tributo de gratidão – representado pela maior estátua erguida no país – não tenha sido erguida a um guerreiro ou a um defensor da nossa pátria, mas a um pacífico defensor e protetor de toda a humanidade. O tempo que vivemos, deve ser mesmo de muita oração. A Terra vive um momento de transição e toda mudança requer serenidade, tranquilidade de espírito para reduzir seus naturais transtornos, e a oração é um recurso permanente de comunhão com Deus, e nos acalma. Todos nós andamos cansados do mal que nos assusta e do mal que nos desafia a mudanças dentro de nós. E, se estamos cansados, oremos ainda mais. Observamos muitas pessoas desavisadas relacionando transição com o fim, associando-a ainda a medo. Ora, toda mudança trás transtornos e dá trabalho, criando uma série de obstáculos, mas no fim promove o bem estar individual e coletivo. Mudança é fruto do progresso, por isso deve ser visto sempre com bons olhos e com ânimo no coração. A humanidade tem progredido muito pelas transformações que vão sendo efetuadas, e moralmente pela depuração e renovação dos espíritos encarnados e desencarnados que fazem parte dela. Chegamos assim, à estação da ceifa, onde os frutos estão maduros e intenso é o movimento para a grande colheita. Isso assusta? Pode ser que sim, mas somente àqueles que ainda não entenderam a grandeza do momento que estamos vivendo e a felicidade de virmos a habitar um planeta mais saudável física e espiritualmente. Deveríamos ficar felizes por estarmos na Terra e sermos testemunhas, a cada dia, dessa transformação de valores. Os povos começam a exigir seus direitos, os meios de comunicação, hoje mais acelerados, são veículos de confraternização e de mudanças radicais aqui e ali. Há protestos contra o domínio ignóbil dos homens prepotentes sobre o povo; desafia-se a economia cruel e grita-se contra as leis injustas, a violência, a corrupção, o crime. Alguns valores inferiores, em estado de coma, caem por terra, incoerentes com a nova ordem; a nova humanidade desabrocha com novos valores, desperta devagar, mais vigorosa, para orientar o novo mundo que surge. Estamos num torvelinho de dores, abrindo nossos olhos para o Novo Mundo; e lá do alto a imagem do Redentor com os braços abertos, é uma sugestão de bênçãos e de socorro, convidando todos nós, ao ato de orar e nos sinaliza que Ele não se afastado ser humano que sofre. “Jesus nos conhece pelo nome e não consigo imaginar Jesus habitando uma região espiritual isolada do sofrimento humano”, consola-nos Chico Xavier em sua lucidez incomparável. Se Cristo estava junto de Lázaro quando este dormia no sepulcro, estará também junto a nós nesta hora em que lutamos por sair do sepulcro de nossos valores em decomposição. Ele nos aponta para o desapego dos valores que nos aprisionam ao sepulcro do egoísmo. Desligar desses valores é o verbo a ser conjugado nesta hora em que tantas catástrofes surpreendem a humanidade submissa diante do consumismo desenfreado. Deveríamos estar mais conscientes, entendendo melhora grande lição, situando-nos entre os que nunca duvidaram de que lá do alto, a imagem do Redentor, sempre de braços abertos, constitui um convite a nossa renovação e a renovar nossas orações. Para desligar-se da Pessoa Velha e surgir a Pessoa Nova, multidões de espíritos vieram e estão vindo ainda à Terra, em missão sacrifical em todas as épocas da humanidade. Allan Kardec foi um destes que veio detalhar todo o processo da Reencarnação, fixando em nossas consciências, definitivamente, a certeza da Justiça e Misericórdia de Deus, que procuramos nesta hora difícil. Justiça que pune de acordo com o grau de infração da Lei. Misericórdia que faz operar o nosso desligamento dos nossos hábitos nocivos, lentamente e sem traumas maiores, dosando o aprendizado de acordo com a maturidade construída nos próprios equívocos de ontem e nas lições do Evangelho, como temos podido compreendê-las a cada processo reencarnatório, em diversos lugares e diferentes épocas. Em tudo se patenteia o Amor Paterno, permitindo que toda essa caminhada se faça em grupos familiares, onde curamos nossas consciências acometidas pelas doenças do orgulho, do egoísmo e da vaidade que nos adoeceram e ainda nos adoecem o espírito. Enfim, são muitos os espíritos generosos que colaboram na construção do novo edifício que nos induz à Caridade, como forma de desapego; à humildade, como tratamento para as feridas causadas por nossa orgulhosa prepotências e ainda nos induz à simplicidade que facilita nossa existência, habilitando-nos a voos mais amplos e elevados. Além disso, a Doutrina dos Espíritos nos educa no hábito da adoração a Deus, através da oração de cada dia, indicando-nos o caminho para a descoberta do templo íntimo que é a nossa consciência, e é nesse templo interior que nos abastecemos em Deus. Oremos ao Redentor que, simbolizado pela imagem, lá do alto, braços sempre abertos, abençoa-nos e socorre-nos nos instantes mais difíceis e nos inspira a orar mais. Muitos espíritos generosos nos acompanham de perto nossos passos trôpegos e nos rogam mais orações pela Mãe Terra, que vive momentos de dores, no limiar de uma nova era. Esses espíritos nos querem ajudar a evitar maiores tragédias. Desatados das faixas que nos prendem ao passado, mantenhamos abertos nossos olhos, estendamos como o Redentor nossos braços aos outros, confiantes no Pastor que afirma que nenhuma de suas ovelhas se perderá. Assim entenderemos que o Redentor mantém seus braços sempre abertos, sempre livres para amparar cada filho na Terra, que lhe foi confiado pela Superior Vontade de Deus. Oremos, portanto, muito mais, consolidando nossa confiança no Redentor da Humanidade... Bibliografia; Alcione Peixoto Revista Espírita de Campos Dicionário Ilustrado – Bloch Editores + acréscimos e modificações. Jc. S.Luis, 15/03/2012 Complementado em 20/11/2012

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