sábado, 24 de agosto de 2013

A VIDA, CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO?






  
Sabemos que há vida em toda parte ao nosso redor. Evidencia-se no zumbido dos insetos, no canto dos pássaros, na vegetação rasteira e nos animais. Existe vida nas regiões polares e nos escaldantes desertos.  Apresenta-se a vida nos ares, na terra, no mar, e até nas mais escuras profundezas. Em baixo dos nossos pés, trilhões de micro-organismos operam o solo, tornando-o fértil para as plantas que sustentam outras formas de vidas. A Terra está cheia de vida, tão abundante e variada a ponto de desafiar nossa imaginação.

 

Este planeta e todos os seus habitantes – como vieram a existir?  Fomos criados ou evoluímos? Muitas pessoas certamente dirão: “Pouco importa qual seja a minha origem, eu estou aqui e certamente viverei 30, 50 ou 80 anos, quem sabe? Quer tenha sido criado, quer tenha evoluído, isso não faz nenhuma diferença para mim”. Pelo contrário, poderá fazer muita diferença, saber como se vive, as condições em que vivemos, porque toda nossa atitude para com a vida e nosso futuro, é influenciada por nosso conceito sobre a origem da nossa vida e de tudo o mais que nos cerca...

 

Vamos analisar rapidamente o que seja criação e evolução.

 

O termo criação ,  é a confirmação de que o surgimento de seres vivos, só pode ser explicado pela existência de Deus, que projetou e fez o Universo e todas as espécies básicas de vida sobre a Terra.

 

O termo evolução,  por outro lado, refere-se à evolução orgânica e aceita a teoria de que o primeiro organismo vivo se desenvolveu de matéria abiótica (sem vida), e se desenvolveu em diferentes espécies de seres vivos e de todas as formas de vida que já existiram e existem na Terra, incluindo o ser humano. E ainda, que tudo foi realizado sem inteligência ou intervenção sobrenatural, isto é, nega-se a existência de uma inteligência superior que tudo criou. É verdade que há profundas diferenças entre a teoria da criação relatada por Moysés, no livro Gênesis e a teoria da evolução.

 

Antes de prosseguirmos sobre o tema, vamos refletir sobre algumas coisas:

 

Coisas grandes:  Um por do sol que transforma o céu poente num resplendor de cores. Um céu noturno repleto de estrelas. Uma floresta cheia de majestosas árvores. Cadeias de montanhas, com seus picos nevados, brilhando ao sol. Oceanos agitados pelos ventos, as quedas d’agua das cachoeiras de Foz de Iguaçu, com seus arcos-íris multicolores. Tais coisas nos enchem de admiração.

 

Coisas pequenas,  Pequenino pássaro voando bem alto sobre o oceano Atlântico, a caminho da América do Sul, guiado por seu instinto migratório, seguindo seu rumo por vários dias e por mais de 3.800 quilômetros, a exemplo dos maçaricos que encontramos na praia de Panaquatira, na cidade de São José de Ribamar, no estado do Maranhão – é muita coragem e determinação para pássaros de poucos penas. Gaivotas que dessalinizam a água do mar para beberem. Isso também nos enche de admiração e de espanto.

 

Coisas engenhosas,  Morcegos que empregam o sonar, para evitar se chocarem com algum objeto. Polvos que empregam a propulsão a jato. Aves que são tecelãs e que constroem habitações, como o “João de barro” existente no Planalto Central. Vaga-lumes com seus faroletes.

 

Coisas simples,  Coisas que normalmente julgamos insignificantes; tais como: um sorriso, um aperto de mão, uma palavra bondosa, um afago a uma criança, a brisa dos ventos, o canto dos pássaros...

 

Quando refletimos sobre tais coisas; grandes que nos assombram, pequenas que despertam nossa admiração, engenhosas que nos fascinam, e simples que não damos valor, interrogamos:  Como podem tais coisas serem explicadas?

 

Muitas coisas que antigamente eram apenas teorias; algumas foram confirmadas, outras modificadas por fatos sólidos, verdades, muitas outras abandonadas, esquecidas. Por exemplo: Antigamente acreditava-se que a Terra era plana. Atualmente já sabemos que ela é esferóide. Acreditava-se também que a Terra era o centro do Universo e que os outros planetas e céus giravam em torno dela. Hoje sabemos que é a Terra que gira em órbita ao redor do sol, e que o planeta em que vivemos é um dos mais insignificantes...

 

Aristóteles, o biólogo gênio da antiguidade, que viveu nos anos 384 A/C, falando em suas obras sobre reprodução, por faltar-lhe recursos como um simples microscópio, admitiu a tese da autobiogênese.  Pouchet, em l876, fazendo experiências, também por não ter condições ideais, toma posição em favor da mesma tese.

 

Luis Pasteur, em l894, estudando a obra de Pouchet, escreveu-lhe, rebatendo a sua afirmação, quando diz: “Tenho a impressão que o senhor se equivocou, não quando diz que acredita na autobiogênese, mas quando afirma tê-la provado em definitivo. Na ciência, é um mal não duvidar enquanto os fatos não permitirem uma conclusão categórica.” Em face dessa divergência, Pasteur passou a testar e fazer experiências, até poder dizer: “A autobiogênese, que significa a geração espontânea dos seres vivos, é uma quimera, um engano. Nada comprova que os seres microscópios tenham aparecido no mundo sem germes, sem antecessores semelhantes a si. Os que afirmam o contrário, estão sendo vítimas de ilusões, de experiências mal feitas, cheias de erros, que não souberam perceber ou evitar.” Pasteur foi um  gigante que se levantou contra  a tese da evolução que considerou errônea.

 

Allan Kardec, ao publicar “O Livro dos Espíritos” em 18 de abril de 1857, confirma a tese da criação defendida por Pasteur, ao interrogar os Espíritos Superiores e receber a resposta: Tendes um provérbio que diz: “Pela obra se reconhece o artífice. Olhai a obra e sabeis que o homem não a fez. Ela é produto de uma inteligência superior à Humanidade; essa inteligência é a causa primeira de todas as coisas, qualquer que seja o nome dado pelo ser humano.”

 

Charles Darwin, o defensor da teoria da evolução, ao publicar em l859, dois anos após o aparecimento de “O Livro dos Espíritos”, sua obra intitulada “Origem das Espécies”, criou sua teoria que se baseia em quatro pontos:

1º-A seleção natural. Triunfo dos mais fortes. O menos forte não deixa descendência; 2º- Transmissão dos caracteres hereditários; 3º- Origem única das plantas e dos animais. Todos os seres que já tiveram vida ou ainda a têm podem ter origem de uma única forma primitiva; 4º- A origem da vida é fruto de uma evolução. O homem é fruto da evolução.  Entretanto, ele mesmo se contradisse ao dizer: “Deparamo-nos aqui com a suprema ironia de que um livro, que se tornou famoso por explicar a origem das espécies, na verdade não faz nada disso.”

 

O astrônomo Robert Jastrov sobre a origem da vida, disse: “Não dispomos de uma resposta taxativa; os cientistas jamais tiveram êxito em reproduzir as obras da natureza com base na abiótica.” E concluiu: “Os cientistas não têm prova de que a vida não foi um ato de criação”.

 

Para ilustração, tomemos como exemplo a visão humana. A retina humana faz inveja aos cientistas especializados. Seus l00 milhões de bastonetes e de cones, e suas camadas de neurônios, realizam pelo menos l0 milhões de cálculos por segundo, para realizar a visão. Se isto acontece somente com o olho, que dizer então do cérebro, do coração e do resto do corpo humano?

 

Os cientistas conseguiram obter, por meio de escavações, milhares de ossos e outras evidências de existência no passado, que são chamados de fósseis. Darwin ficou embaraçado com os fósseis, porque não comprovaram uma cadeia gradual de evolução. Este fracasso fez com que os cientistas evolucionistas considerassem que a vida deve ter se originado no espaço sideral, e daí, vindo flutuando até a Terra, o que é impossível, dada às temperaturas em torno da Terra.  Entretanto, se a vida sob qualquer forma preexistia nos espaços cósmicos ou em outros planetas, seria preciso saber como surgiu nesses locais.  Para esses cientistas vaidosos, que não aceitam em Deus como criador, a vida começou espontaneamente, como se o nada pudesse criar vida inteligente, e não sabem explicar a origem do Universo.

 

Já a teoria da criação, conforme nos relata Moysés no livro “Gênesis”, indica que a Terra já existia bilhões de anos antes do primeiro dia ali indicado. O termo dia, conforme  empregado na Bíblia, pode significar longos períodos como séculos ou milênios.  Vejamos o que diz Gênesis sobre os “dias” da criação:

 

1º dia – Disse Deus: “Venha á luz; então veio a haver luz”;

2º dia- “Venha a haver uma expansão entre as águas e ocorra uma separação entre águas e águas”;  

3º dia – “Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar e apareça a terra seca e as plantas terrestres”;

4º dia -  “Venha a haver luzeiros na expansão dos céus para fazerem separação entre o dia e a noite, e eles terão de servir de sinais para dias, anos e épocas”; e assim se deu.

5º dia -  “Produzam as águas um enxame de almas viventes e voem criaturas voadoras sobre a terra, na face da expansão dos céus”;

6º dia -  “Produza a terra, almas viventes segundo suas espécies, animal doméstico e animal selvático na terra, segundo sua espécie”, e Deus prosseguiu, dizendo: “Faça-se o homem à nossa imagem”.

 

Muitas pessoas acham difícil aceitar este relato sobre a criação. O relato de Gênesis sobre a criação revela as categorias de animais e plantas com suas muitas variedades, porém se reproduzindo apenas “segundo as suas espécies”. Os fósseis forneceram essa confirmação. Wallace Pratt, geólogo de fama, falando sobre a criação, disse o seguinte: “Se eu tivesse que explicar a origem da Terra e o desenvolvimento da vida sobre ela, a um povo simples e ignorante, tal como o das tribos a quem foi dirigido o livro de Gênesis, dificilmente poderia fazê-lo melhor do que como foi dito”. Observou também, Wallace, que a ordem dos eventos narrados na Bíblia, desde a origem dos oceanos, passando pela emergência do solo seco, até o aparecimento da vida marinha e daí, o das aves e dos animais, é a seqüência real das principais divisões do tempo geológico.

 

Se Deus se serviu de Moysés para apresentar a Sua lei, no Monte Sinai, que é conhecida como o Decálogo, não poderia ter também intuído a ele, em forma rudimentar, como apareceu a vida e tudo mais que existe na Terra?...

 

Finda esta exposição, temos que chegar a uma conclusão lógica. O que se ajusta aos fatos? - A criação nos informa que a vida só procede de vida anterior; criada por uma Inteligência Superior – Deus. A evolução declara que a vida se originou da não vida por evolução química espontânea; Os fatos. Comprovam que a vida só procede de vida anterior; não existindo meios do código genético complexo, ser fruto do acaso.

 

Tomemos um pequeno exemplo: Um relógio é produto de um projetista inteligente.  E a precisão que existe no Universo, não é obra de um projetista de inteligência superior à Humanidade?  Entre as condições precisas que são vitais à vida na Terra, acha-se a quantidade de luz e calor recebidos do sol. A Terra obtém apenas pequena fração da energia solar, entretanto, é exatamente a quantidade certa, exigida para a sustentação da vida. Se a Terra estivesse um pouco mais próxima ou um pouco mais distante do sol, as temperaturas seriam escaldantes ou gélidas demais para existir vida. E a nossa atmosfera, a água, o solo produtivo; tudo foi obra do acaso? Será que o acaso montaria um relógio desmontado e o faria funcionar? E os cientistas evolucionistas?  Na verdade, estes até hoje não sabem quem surgiu primeiro: se ovo ou a galinha. Nós ficamos com a teoria da criação, em que Deus criou o universo, as galáxias, os planetas, e a vida em todas as formas e espécies. Se os fatos comprovam em favor da criação, por que muitos rejeitam e preferem aceitar a evolução?

 

Um dos motivos é o que aprenderam na escola. Os compêndios de ciência quase sempre promovem a tese evolucionista. Não se permite que o estudante tenha crenças pessoais ou que as expresse; mesmo porque o assunto atinge até a religião. Quando os educadores e cientistas, por vaidade e orgulho feridos em reconhecerem seus erros, asseveram que a evolução é a realidade, dão a entender que, apenas os ignorantes ou fanáticos se recusam a crer nela; e quantas pessoas se dispõem a contradizê-los?                   

 

Um motivo adicional que fazem contra a criação é a história religiosa de hipocrisia, erros, opressão, inquisições e crimes. Pessoas se dizendo representantes de Deus, benzem artefatos de morte e apoiam ditadores, promovem a matança e o ódio entre as pessoas. Assim ficou difícil de aceitar um Deus injusto que essas pessoas representam. Idéias de um tormento eterno e um inferno de fogo não se ajustam a um Deus que dizem ser misericordioso. Outro motivo de muitas pessoas deixarem de crer em Deus é a existência do sofrimento. Durante séculos e séculos, houve tantas injustiças, opressão, crimes, como ainda hoje, que muitos não entendem a razão de tantos padecimentos. Se existe um Deus de Amor e Bondade, por que tantas guerras, tanta fome e doenças? Por que Ele permite tanto sofrimento?

 

Dentro da nossa fé da criação do Universo por Deus, aceitamos também o ser humano na luta por sua evolução espiritual. Fomos criados em estado rudimentar, e através do tempo e das existências, fomos nos aprimorando até chegar ao estágio em que nos encontramos presentemente. Assim é também com a pessoa que, por meio do estudo, sai da ignorância e adquire conhecimentos e cultura. Sai da brutalidade, pela prática dos bons costumes, da moral elevada da religiosidade e das boas ações, tornando-se uma pessoa de bem, estimada por muitos, alcançando a paz interior, a harmonia e a melhora de vida material e espiritual...

 

Somos adeptos da evolução nesse sentido, recusando a teoria de que as várias espécies existentes surgiram de uma única célula, até se transformar num macaco e depois no ser humano.

 

Sobre os sofrimentos que todos passam na existência, a Doutrina dos Espíritos nos esclarece dizendo que não devemos nos esquecer de que estamos vivendo atualmente num mundo inferior, onde somos mantidos pelas nossas próprias imperfeições, igual a alunos que não procuram melhorar-se e permanece na mesma situação. Ela nos conforta e nos dá o ânimo necessário para prosseguirmos na jornada terrena de ascensão espiritual.

 

A quem culpar, pois, por todas as nossas aflições, senão a nós mesmos? Podemos agir da maneira que quisermos; com amor ou ódio, com amizade ou inimizade, com egoísmo ou caridade, praticando o mal ou o bem; com a certeza de que receberemos como retorno, da mesma maneira que tivermos agido para com nosso próximo; assim é a Lei de Deus. De acordo com nossa concepção de vida, temos o direito de escolher como queremos viver...   A decisão é nossa.

 

Que o Criador ilumine as nossas consciências...

                                                                                          

Fonte:

Livros pesquisados:                                                                                               

“A Vida qual sua origem?”

“O Livro dos Espíritos”

+ Pequenas modificações.

 

Jc.

S.Luís, 26/09/2007.

Refeito em 24/8/2013

 

 

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