domingo, 18 de agosto de 2013

CRENTES E EVANGÉLICOS; VIDA E EXISTÊNCIAS




 
Segundo o Dicionário Ilustrado da Língua Portuguesa, a palavra crente, significa a pessoa que crê; assim, toda pessoa que crê em alguma coisa, ela é crente. Exemplos:  O selvagem crê que o totem pode lhe proteger;  o ateu crê que não existe Deus; o cristão crê em Jesus; o doente crê que vai ficar curado;  o moribundo crê que quando morrer vai para o Céu;  o católico, o espírita e o protestante creem em Deus, assim como outras pessoas creem em Jeová, Buda, Maomé, etc...

Já a palavra, evangélico, é relativa aos Evangelhos; pessoa que segue a Lei e a Doutrina de Jesus Cristo. Assim sendo, evangélico, pode designar toda e qualquer pessoa que segue os ensinos de Jesus, sejam eles, católicos, espíritas ou outros, sendo que, os protestantes, ultimamente, acham que só eles devem ser considerados, evangélicos, apesar de não seguirem os ensinamentos de Jesus, pois se apoiam apenas no Velho Testamento, a exemplo dos judeus que até hoje não reconhecem, em Jesus o Messias que deveria vir. Dessa maneira, eles são exatamente os que não devem ter a denominação de evangélicos, porque não seguem os ensinos de Jesus, no que diz respeito a: “Meu reino não é deste Mundo”, “Há muitas moradas na Casa de Meu Pai”, “Amar ao próximo com a si mesmo”, “Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”, “Dar de graça tudo o que recebem gratuitamente” e ainda, acham que somente eles são os preferidos, por não quererem aceitar a denominação de protestantes, o que na realidade eles são.

A palavra Vida, constante no mesmo Dicionário significa á existência do Espírito, ser inteligente da criação, imortal e individual que reside em nós e sobrevive ao corpo. A Vida que é única e eterna é a do Espírito, por ser uma Centelha Divina criada por Deus; diferente de existência, que é a permanência do Espírito animando um corpo humano, que pode ser utilizado sempre que o Espírito precise reencarnar, para resgatar dívidas de outras existências e efetuar sua evolução espiritual.

Em “O Livro dos Espíritos”, no item 153, pergunta Allan Kardec aos Espíritos Superiores: - Em que sentido se deve entender a vida?  Resposta dos Mentores Espirituais: - É a vida do Espírito que é eterna; a do corpo humano (existência) é transitória e passageira. Durante a existência terrena o Espírito se liga ao corpo físico, e, quando cessa no corpo a vitalidade orgânica (ocasião da morte), o Espírito por ser imortal, se separa do corpo que usou, libertando-se.

A palavra existência significa o ato de existir; ou seja, o ser humano em sua jornada terrena. O Espírito pode quando determinado pela Justiça Divina, repetir a experiência, assumindo (outras existências), possibilitada pela reencarnação, quando ele precisa desta para realizar a sua evolução.  

 Compreende-se assim, que, vida, é um atributo do Espírito, criado por Deus, que é único, tanto ele esteja encarnado (utilizando um corpo humano) como desencarnado; e existência, é o tempo que o Espírito permanece usando um corpo material, e que como já dissemos, o Espírito pode animar vários corpos em outras existências terrenas.

Façamos aqui um pequeno exemplo: A lâmpada sem a energia (eletricidade) que a faz funcionar, está morta, sem função, porém, quando ela está animada pela energia ela funciona ficando incandescente, com claridade, luz e calor. O corpo humano, com a Alma, funciona igual á lâmpada com a eletricidade. Quando a lâmpada chega á exaustão, ela para de funcionar, mas a eletricidade que a animava não desaparece ou deixa de existir como ela. Muda-se o corpo (coloca-se outra lâmpada) e a eletricidade volta a animar esse outro corpo material. Assim também acontece com o corpo humano. Quando este já está envelhecido e não tem mais condições de continuar existindo e fenece (morre), a Alma que o animava não se acaba como o corpo. O corpo é reintegrado à Natureza indo vitalizar outras formas de existências, enquanto a Alma, agora livre do seu envoltório (corpo), volta a sua condição real de Espírito, para a espiritualidade, onde ficará aguardando uma nova oportunidade de reencarnar (utilizar outro corpo) para continuar a sua jornada de constante evolução.

Alma compreende-se quando o Espírito está usando um corpo, e quando liberto deste, volta a ser Espírito.

 

É assim que a Doutrina Espírita explica e compreendemos os assuntos aqui abordados.

 

Fonte:

“O Livro dos Espíritos”

“O Evangelho Segundo o Espiritismo”

 

Jc.                                                                                                                                                      S.Luís, 25/10/2012

Revisado em 18/08/2013

 

 

 

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