Faltam ainda dois
anos para a virada do milênio (este artigo foi feito em 1998) e os preparativos
para as comemorações já se fazem presentes. Transformações globais prenunciam
uma era de progresso sem precedentes para a Humanidade. Milhões de pessoas,
porém, acreditam que o ano 2.000 marca o fim da vida na Terra, e aguardam a
volta de Jesus para julgar os vivos e os mortos; premiar alguns com a
felicidade e vida eterna e condenar o restante das pessoas ao fogo eterno do
inferno... Jesus voltará realmente? –
Onde se dará o julgamento?
A aceitação dos
textos bíblicos ao pé da letra tem levado significativa parcela da Humanidade,
a ter a convicção de que haverá uma segunda volta de Jesus a Terra, completamente
visível, para separar os eleitos do Seu reino.
Seria então o juízo final e o fim do mundo. A volta de Jesus em corpo físico é um desafio
às leis da Natureza e Ele afirmou que não viera ao mundo para destruir, mas
para confirmar a Lei de Deus.
Através dos tempos,
muitas previsões vêm sendo divulgadas, pelos meios de comunicações, provocando
pânico e atitudes incoerentes, naqueles que possuem pouca informação sobre a
realidade do mundo espiritual; é a síndrome do “fim do mundo”. A “Folha” da Igreja Universal, na edição de
30/06/1996, publicou uma página sobre o assunto com os seguintes tópicos: “Nos
séculos 12 e 18, surgiram várias predições sobre o fim do mundo”. Guilherme
Miller, fundador da Igreja Adventista do 7º Dia, pregou que Jesus voltaria em
1.843. Como tal não aconteceu, Miller alegando um erro de cálculo marcou nova
data: 22 de outubro de 1944. Mais uma vez ele foi decepcionado, porque tal não
aconteceu. “No século XIX e início do século XX, vários grupos religiosos, como
as Testemunhas de Jeová e a Igreja Mundial de Deus, afirmaram que o mundo
acabaria em 1.914, 1.915 e 1.975, mas o tempo se encarregou de desmentir tais
profecias”. O jornal do Edir Macedo cita ainda o Sr. Konari Nanas de Nilo,
sacerdote da Ordem Fraternal do Cruzeiro do Sul, que disse o seguinte: “2.000,
é o ano que não vai acontecer, pois o mundo acabará na véspera”.
Existe até um
calendário do “fim do mundo”, para os seguintes anos: 1.998 – Para muitos
religiosos o mundo vai acabar este ano, porque Jesus teria morrido na 1.998
semanas de existência. Muitos visionários acreditam no fim do mundo na virada
do milênio (2000); mas o fim exato do milênio é controvertido. Historiadores já
comprovaram que Jesus nasceu no ano quatro A/C, e não no ano Zero. Assim sendo,
o milênio já começou. 2.005, é o começo do fim do mundo para os Adventistas do
7º Dia que se baseiam no Apocalipse. 2.0l4
é o fim do mundo para os esotéricos por ser a Era do Aquário. 25/04/2038
é a próxima data prevista por Nostradamus para o fim do mundo, que se daria
quando a Páscoa caísse num dia 25 de abril. Isso já ocorreu nos anos de 1.666,
1.734, 1.886 e 1943, e nada aconteceu. Século XXI, para os mórmons, é o século do fim do mundo,
quando se dará a “Batalha de Armagedon”, entre Israel e seus inimigos; e
finalmente 3.756 é a nova previsão do
frade Vicente Ferrer, que previu em 1.399 o fim do mundo, baseado no número de
versículos do Livro dos Salmos. Finalmente, a volta de Jesus é anunciada por
três evangelistas: Mateus, Marcos e Lucas, para o juízo final e o fim do mundo.
Antes de continuar
este assunto, vamos analisar o poder de uma vírgula, que muda o sentido de um
texto: Um oficial condenado à morte pediu perdão ao rei. Este sentenciou:
“Perdoar é impossível, mandar para a forca”. A rainha, condoída do moço,
salvou-o com a simples mudança da vírgula, que mudou o sentido. “Perdoar,
impossível mandar para a forca”. Noutro
relato, um general comunicando a revolta na cidade, pergunta ao seu superior: ”Devo
fazer fogo ou poupar a cidade?” – A resposta foi: “Fogo, não poupe a
cidade”. O telegrafista trocou o lugar
da vírgula e a resposta ficou assim: “Fogo não, poupe a cidade”, e a destruição
não foi efetuada.
Voltemos agora ao assunto
original e raciocinemos: Jesus nunca escreveu um só de seus ensinamentos nem
deixou nada escrito. Tudo o que sabemos veio através de terceiros, sendo
passado de uma geração para outra, pela palavra, e por alguns textos gravados
em rolos de papiros, material facilmente deteriorável, por volta dos anos 70
depois de Jesus. Somente no século IV foi que passaram a usar um material mais
resistente; peles de animais transformados em manuscritos denominados
pergaminhos. As alterações eram comuns na seqüência dos escritos, todos feitos
à mão. Imaginemos as mudanças ocorridas ao longo dos séculos, quando sabemos
que não existe um único texto original, sendo tudo “cópia de cópia”, “tradução
de tradução”, donde se pode concluir que, fatalmente multiplicaram-se falhas e
enganos dos copistas, somados às naturais dificuldades lingüísticas, bem como
omissões e interpretações ás mais variadas, o que explica o porquê das
incoerências encontradas nas narrações dos Evangelhos.
Teriam sido mesmo
aquelas, as palavras de Jesus, referentes ao fim do mundo? – Segundo Severino
Celestino da Silva, ex-seminarista, pesquisador e estudioso do Judaísmo e da
Bíblia em sua língua original, o hebraico; existem entre 16 a 20, diferentes
traduções da Bíblia, feitas a partir do grego, do latim e do inglês, o que
explica em parte a enorme diferença existente, quando comparado o texto em
português com o original em
hebraico. São tantas as divergências e discordâncias que, é
como estar diante de uma “torre de Babel”, resultado de traduções bíblicas mal
feitas que, até a oração dominical, “Pai Nosso”, sofreu modificações. Traduzida
do hebraico, ela teria os seguintes dizeres: “Pai nosso dos céus, santo é o teu
nome. Venha o teu reino, tua vontade se faça na Terra como também no Céu. Dai-nos
hoje nossa parte de pão. Perdoa-nos as nossas culpas, quando nós perdoarmos as
culpas de nossos devedores. Não nos deixeis entrar em provação, porque assim
nos resgatas do mal”.
Sabemos hoje, segundo
os pesquisadores e historiadores, que o Velho Testamento foi escrito durante
séculos, por muitas pessoas e que foram escritos 44 Evangelhos, em hebraico, no
período de 40 a 70 anos depois da partida de Jesus. Convocados e reunidos para
decidirem, no Concílio de Nicéia, realizado no ano de 325 D/C, o papa optou
pelas quatro obras que existem até hoje, os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas
e João. Dos quatro, apenas dois conheceram Jesus e foram seus apóstolos:
Mateus, conhecido também como Levi e João, irmão de Tiago, filhos de Zebedeu.
Marcos teria conhecido a história e os ensinamentos de Jesus, através de Pedro
e de Maria, mãe de Jesus. Lucas era médico de Paulo, e aprendeu a doutrina de
Jesus com o discípulo Ananias. Sabemos ainda que o Novo Testamento foi escrito,
em grego, 1.500 anos depois; foi traduzido para o Latim e o Hebraico, e só em
1.681 foi feita a primeira publicação em Português, em Amsterdã, na Holanda.
Para comprovar incoerências
nas narrações, citamos a passagem da figueira estéril: O evangelista Marcos narra o
fato como acontecido com Jesus. “E no outro dia, como saíssem de Betânia, teve
Ele fome. E vendo ao longe uma figueira, foi lá ver se acharia nela, alguma
coisa; e quando chegou a ela, nada achou senão folhas, porque não era tempo de
figos. E Jesus falando disse: “Nunca mais, coma alguém fruto de ti, para
sempre”. E no outro dia, pela manhã, ao passarem pela figueira, viram que ela
estava seca até as raízes. Então Pedro disse-lhe: “Mestre, eis que a figueira
que tu amaldiçoaste, secou”. (Marcos cap.11 vrs. 12 a 14 – 20 a 21)
Essa mesma passagem
da figueira é descrita por Lucas, como sendo uma parábola de Jesus: “Um
proprietário, tendo em sua vinha uma figueira, foi procurar fruto nela e não
encontrando, disse ao horticultor: “Eis que há três anos procuro fruto nesta
figueira e não a encontro; cortai-a, pois, porque ela está ocupando a terra
inutilmente”. Disse o vinhateiro: “Senhor, deixe-a ainda por este ano, até que
eu escave ao redor e deite adubo, se der fruto ficará, e, senão, mandarás
cortar”.(Lucas cap. 13 vrs. 6 a 9)
Analisemos o assunto.
Se a narração de Marcos fosse à verdadeira, Jesus teria cometido um erro ao
amaldiçoar a figueira, agravado pelo fato de saber que não era tempo de figos.
Desse modo, ficamos com a narração de Lucas, por ser a mais lógica, e também por
não acreditarmos que Jesus amaldiçoasse uma figueira, como não fez o mesmo com
seus algozes...
Sobre o final dos
tempos, o quadro imaginado e pintado pelos evangelistas é evidentemente, uma
alegoria, bem como grande parte dos ensinamentos de Jesus, feitos por meio de
parábolas. As imagens são de natureza a impressionar as pessoas ainda rudes,
que necessitavam de cores fortes e de figuras vigorosas; por isso os
evangelistas assim o fizeram. Do mesmo modo registraram “O Filho do homem,
vindo sobre as nuvens do céu, com aquele grande poder e majestade, cercado por
seus anjos e ao som de trombetas, lhes parecia bem mais imponente do que um Ser
investido de sua força moral, por mais grandiosa que ela fosse para
impressionar o povo”.
Sabendo Jesus que os
seus ensinamentos seriam mal interpretados, alterados e, até esquecidos na sua
essência, prometeu-nos: “Se me amais, guardai os meus mandamentos e eu rogarei
ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco, o
Espírito de Verdade, a quem o mundo não pode perceber, porque não o vê, nem o
conhece. Mas vós o conhecereis porque ele ficará convosco e estará em vós. O Consolador que é o
Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos anunciará todas as coisas
e vos fará lembrar tudo o que vos tenho dito”. (João, cap.14 vrs. 15 a 17) Jesus cumpriu a promessa e o Consolador
chegou na hora certa, em que a humanidade se encontra perdida, pelas vozes dos
Espíritos Superiores, inaugurando uma nova era de progresso espiritual.
Em “a Gênese”, Allan
Kardec, demonstrando extraordinário bom senso, analisa o Sermão Profético de Jesus,
e nos tranqüiliza com relação ao futuro da Humanidade, dizendo: “Haverá chegado
o momento, em que a Terra deve se elevar na hierarquia dos mundos, pelos
progressos morais de seus habitantes. A residência nela, tanto de espíritos
como de encarnados, será destinada aos que tiverem aproveitado os ensinos e
seguido as Leis Divinas”. É esta, a separação que está figurada nas palavras de
Jesus, do Juízo Final: “Os bons passarão à minha direita e os maus à minha
esquerda”, isto é: “Os bons permanecerão comigo na Terra e os maus serão
enviados a mundos mais inferiores”.
Para melhor
entendimento, vamos reler o Sermão Profético de Jesus, narrado em Mateus,
cap.24 vrs. 16 a 22, e analisar as predições. No versículo 16, está escrito: “Então
os que estiverem na Judéia, fujam para os montes”. Entendemos a palavra
“montes”, como bem definiu Emmánuel, a busca de elevação superior. Sair da
Judéia, do espaço físico, fanatizado e coercivo das religiões dos homens, em
busca dos “montes”, sentimentos nobres, elevados. Nos montes, os profetas
oravam e buscavam a Inspiração Divina. Moisés subiu ao Monte Sinai e ali
recebeu o primeiro código ético e moral para um povo ainda primitivo, O Decálogo
ou os “Dez Mandamentos”. Jesus sobe o monte Tabor para transfigurar-se ao lado
dos espíritos de Elias e Moisés; sobe outro monte e dele faz o memorável “Sermão
da Montanha”; sobe também o monte das Oliveiras, onde era costume fazer suas
orações ao Pai Celestial.
Nos versículos 17 e
18, lemos: “E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de
dentro da casa. E quem estiver no campo não volte atrás a buscar suas vestes”. A
casa representa a segurança material e as vestes são para proteção do corpo.
Entretanto, nossa proteção nossa felicidade, devem se situar acima de tudo, em
nossa casa emocional, em nossa mente onde deve habitar os valores espirituais;
as vestes representam as coisas materiais que devemos trocar pela paciência,
resignação, solidariedade que são valores espirituais. O versículo 19 lastima:
“Aí das grávidas”. Tal lamento refere-se às mães aflitas que vêem seus filhos
sendo destruídos pelos vícios de todos os tipos, que promovem a exclusão deles
do processo natural da existência. No versículo 20, lemos: “E por isso orai
para que vossa fuga não aconteça no sábado”. O sábado era o dia em que o judeu
não trabalhava e por isso não estava no serviço do Senhor. Deus trabalha
sempre; Jesus também e chegou a curar num sábado, e nós devemos trabalhar todos
os dias para a nossa evolução, melhora do nosso próximo e do mundo em que
vivemos. Em Lucas, lemos: “Bem aventurado o servo a quem, quando o Senhor
chegar, achar fazendo assim”.
O versículo 21, diz:
“E então haverá grande aflição como nunca houve até agora, nem tão pouco há de
haver”. (Veja maiores detalhes sobre essa grande aflição no artigo: Fim dos
Tempos) As prisões da Espiritualidade abriram-se, possibilitando que muitos
espíritos ainda no mal, renasçam, nas últimas oportunidades de se reabilitarem
na Terra. É esta a explicação para esta passagem e para a situação que vivemos
atualmente de tantos crimes e violência de todos os tipos. A aflição atingirá a
todos, graças à tecnologia dos meios de comunicação. Assim, as dores do mundo
estarão em nossas vidas diariamente. Nos próximos anos, esses espíritos
inferiores renitentes no mal que forem desencarnando, não mais voltarão a Terra
e seus tormentos causadores das aflições, deixarão de existir; irão para mundos
primitivos, de sofrimentos indescritíveis, onde terão utilidade na evolução dos
que lá estiverem, graças aos conhecimentos que já possuem e que levarão daqui,
sendo substituídos, na Terra, por espíritos mais evoluídos que também já
reencarnaram e estão chegando ao mundo em grande quantidade, para a renovação
do mundo. Assim já aconteceu aqui na Terra, então um mundo selvagem, em
formação, na idade da pedra. Enquanto o espírito surgido aqui animava o homem
das cavernas, os exilados de outros mundos criavam na Terra, as sociedades e as
obras que até hoje são admiradas e reverenciadas por nós.
Finalmente, no
versículo 22, encontramos o seguinte: “E, se aqueles dias não fossem
abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos, serão
abreviados aqueles dias”. A atual geração desaparecerá, gradualmente, e nova
geração a sucederá. Essa modificação será acompanhada por processos geológicos
que, dependendo do comportamento da humanidade, serão mais ou menos violentos. (Vide
artigo: Fim dos Tempos).
Católicos e
protestantes acreditam na ressurreição da carne; ou seja, as almas voltariam
aos seus corpos, já cremados ou decompostos, de apenas uma existência na Terra,
para serem julgados. Isso é impossível, porque a Física e a Química, ensinam que
um corpo já em cinzas ou que se decompõe, logo tem suas partículas aproveitadas
por outros corpos, sejam eles vegetais ou animais. Assim, obviamente, os
elementos de um corpo já teriam vindo de outros corpos, e assim,
sucessivamente, indefinidamente.
Segundo estimativas
do filósofo cristão Huberto Rohden, um dos maiores estudiosos dos Evangelhos
neste século, já passaram pela Terra mais de 200 bilhões de pessoas. Atualmente,
habitam o planeta mais de seis bilhões de pessoas. Na interpretação do juízo
final, Jesus julgaria, num só lugar, os vivos e os mortos. Analisemos o
assunto: O maior estádio do mundo, o Maracanã, no Rio, totalmente ocupado teria
abrigado 200 mil torcedores, na decisão da Copa do Mundo, em 1950. Imaginemos
um ajuntamento de 6 bilhões de pessoas. Por outro lado, dos seis bilhões que
estão na Terra, aproximadamente só 900 milhões são cristãos; os outros
professam outras religiões. Qual o critério que seria adotado para julgá-los? Se fossem escolhidos para o céu, qual o
mérito deles? E se fossem para o
inferno, qual o demérito deles? – Como poderia o Mestre, de infinito amor,
mandar para o fogo do inferno, a grande maioria de seus irmãos, só por não conhecerem
e seguirem seus ensinamentos? Existiria justiça nesse tipo de julgamento?...
Quanto à volta de
Jesus, ela é mencionada em Mateus, cap.24 e Marcos, cap.13, que se confronta
com o profeta Daniel, que diz no cap. 7, o seguinte: “A presença do Cristo não
seria em forma humana, mas em vez disso, Ele seria poderoso governante no céu,
que livrará a humanidade oprimida”. Sua vinda se daria durante o que Ele chamou
de “grande tribulação”, também profetizada por Daniel, como “abominação da
desolação no lugar santo” (a falta da verdadeira religiosidade,
substituída pela ambição do mando e dos bens terrenos e a exploração de fiéis
nos templos), este e outros sinais como; as guerras, que desde 1914 não
pararam mais; os terremotos, vulcões, maremotos e outros desastres
causados pela Natureza, que acontecem de tempos em tempos, ceifando
centenas de milhares de existências humanas; a fome que atinge mais de
800 milhões de pessoas e que causam a morte de 12 milhões de crianças por ano, as
doenças que matam milhões de
pessoas, na maioria jovens; e os crimes de todos os tipos que liquidam e
aterrorizam as pessoas, em todas as partes do mundo; nos dão a certeza de que estamos chegando ao início do final dos tempos preditos por Jesus.
Tempos em que o mundo velho se acabará dando lugar a um novo mundo regenerado,
onde habitará espíritos mais evoluídos que estão chegando para essa
transformação.
Quanto à volta de
Jesus, não é um acontecimento para o futuro. Na verdade, Ele nunca abandonou a
Terra. Ele sempre está presente, como quando da Codificação da Doutrina dos
Espíritos, deu várias mensagens, e sempre se faz presente, através dos seus
emissários, e ainda como governante espiritual deste planeta. Finalmente, deduzimos que Jesus não precisará
voltar, mesmo porque Ele nunca se afastou de nós, cumprindo a sua promessa
feita quando afirmou: “Onde estiverem duas ou mais pessoas reunidas em meu
nome, eu ali estarei”.
Concluímos, portanto,
que o Sermão Profético de Jesus não deve causar pânico nas pessoas que já
escolheram os valores espirituais para norteá-los na existência terrena. Nós,
espíritas, não falamos em fim do mundo, mas em fim de uma época de grandes
tribulações, e no surgimento de um novo tempo de transformações, que deverá
melhorar o ser humano e a Casa Planetária que lhe serve de moradia, de acordo
com outra promessa de Jesus, quando disse: “Os mansos e pacíficos herdarão a
Terra”.
Nas questões 868 e
871 de “O Livro dos Espíritos”, os Protetores Espirituais tratam do assunto nos
dizendo que, em princípio, o futuro é oculto ao ser humano, e, só em casos
raríssimos e excepcionais, permite Deus, seja ele conhecido. Além disso, não
devemos nos esquecer de que, assim como os acontecimentos do presente, têm sua
causa em existências passadas, assim também os acontecimentos do nosso futuro
têm como base, as nossas ações presentes, ou seja, nesta existência. É a lei de
Causa e Efeito a se revelar. Será que é possível supor que Deus destruirá o
mundo, precisamente quando a humanidade está no caminho do progresso moral,
pela prática dos ensinamentos evangélicos? Cremos sinceramente que não!
O mundo acabará para nós, quando nós acabarmos
para ele. Quando deixarmos esta existência de espírito encarnado no mundo, e
passarmos para a espiritualidade, onde seremos inapelavelmente, julgados pela
nossa consciência e pelo Determinismo Divino, recebendo de acordo com o que
tivermos praticamos na Terra. Assim, não há razão para o ser humano viver
preocupado com a volta de Jesus, nem apavorado com o fim do mundo e muito menos
em busca de informações sobre o futuro, pois o nosso futuro, será o que nós
fizermos dele hoje, nesta existência.
Há para a ciência um
fenômeno que certamente aniquilará o planeta Terra: a expansão do Sol. Ele está
fundindo núcleos de hidrogênio em hélio, e como existe uma quantidade limitada
desse gás, aos poucos ele está diminuindo sua temperatura, até que um dia ele
vai se expandir e engolir nosso planeta. Mas é fundamental que isso só vai
acontecer daqui a cinco bilhões de anos!
Cumprindo com nossos
deveres de cristãos, obedecendo as Leis de Deus, e seguindo os ensinos de
Jesus, certamente que o nosso futuro será de paz e de evolução espiritual. Essa
deve ser a nossa preocupação real, na existência...
Bibliografia:
Revista Espírita de
Campos
Revista Espírita
Allan Kardec
Novo Testamento
A Gênese
Livro dos Espíritos
Jornal “Correio
Fraterno” – nº. 440
+ Alguns acréscimos
Jc.
S.Luis, 12/02/1998
Revisto em 15/12/2011
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