quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A VOLTA DE JESUS E O FIM DO MUNDO?





Faltam ainda dois anos para a virada do milênio (este artigo foi feito em 1998) e os preparativos para as comemorações já se fazem presentes. Transformações globais prenunciam uma era de progresso sem precedentes para a Humanidade. Milhões de pessoas, porém, acreditam que o ano 2.000 marca o fim da vida na Terra, e aguardam a volta de Jesus para julgar os vivos e os mortos; premiar alguns com a felicidade e vida eterna e condenar o restante das pessoas ao fogo eterno do inferno...  Jesus voltará realmente? – Onde se dará o julgamento?

 

A aceitação dos textos bíblicos ao pé da letra tem levado significativa parcela da Humanidade, a ter a convicção de que haverá uma segunda volta de Jesus a Terra, completamente visível, para separar os eleitos do Seu reino.  Seria então o juízo final e o fim do mundo.  A volta de Jesus em corpo físico é um desafio às leis da Natureza e Ele afirmou que não viera ao mundo para destruir, mas para confirmar a Lei de Deus.

 

Através dos tempos, muitas previsões vêm sendo divulgadas, pelos meios de comunicações, provocando pânico e atitudes incoerentes, naqueles que possuem pouca informação sobre a realidade do mundo espiritual; é a síndrome do “fim do mundo”.  A “Folha” da Igreja Universal, na edição de 30/06/1996, publicou uma página sobre o assunto com os seguintes tópicos: “Nos séculos 12 e 18, surgiram várias predições sobre o fim do mundo”. Guilherme Miller, fundador da Igreja Adventista do 7º Dia, pregou que Jesus voltaria em 1.843. Como tal não aconteceu, Miller alegando um erro de cálculo marcou nova data: 22 de outubro de 1944. Mais uma vez ele foi decepcionado, porque tal não aconteceu. “No século XIX e início do século XX, vários grupos religiosos, como as Testemunhas de Jeová e a Igreja Mundial de Deus, afirmaram que o mundo acabaria em 1.914, 1.915 e 1.975, mas o tempo se encarregou de desmentir tais profecias”. O jornal do Edir Macedo cita ainda o Sr. Konari Nanas de Nilo, sacerdote da Ordem Fraternal do Cruzeiro do Sul, que disse o seguinte: “2.000, é o ano que não vai acontecer, pois o mundo acabará na véspera”.

 

Existe até um calendário do “fim do mundo”, para os seguintes anos: 1.998 – Para muitos religiosos o mundo vai acabar este ano, porque Jesus teria morrido na 1.998 semanas de existência. Muitos visionários acreditam no fim do mundo na virada do milênio (2000); mas o fim exato do milênio é controvertido. Historiadores já comprovaram que Jesus nasceu no ano quatro A/C, e não no ano Zero. Assim sendo, o milênio já começou. 2.005, é o começo do fim do mundo para os Adventistas do 7º Dia que se baseiam no Apocalipse. 2.0l4  é o fim do mundo para os esotéricos por ser a Era do Aquário. 25/04/2038 é a próxima data prevista por Nostradamus para o fim do mundo, que se daria quando a Páscoa caísse num dia 25 de abril. Isso já ocorreu nos anos de 1.666, 1.734, 1.886 e 1943, e nada aconteceu. Século XXI,  para os mórmons, é o século do fim do mundo, quando se dará a “Batalha de Armagedon”, entre Israel e seus inimigos; e finalmente 3.756  é a nova previsão do frade Vicente Ferrer, que previu em 1.399 o fim do mundo, baseado no número de versículos do Livro dos Salmos. Finalmente, a volta de Jesus é anunciada por três evangelistas: Mateus, Marcos e Lucas, para o juízo final e o fim do mundo.

 

Antes de continuar este assunto, vamos analisar o poder de uma vírgula, que muda o sentido de um texto: Um oficial condenado à morte pediu perdão ao rei. Este sentenciou: “Perdoar é impossível, mandar para a forca”. A rainha, condoída do moço, salvou-o com a simples mudança da vírgula, que mudou o sentido. “Perdoar, impossível mandar para a forca”.  Noutro relato, um general comunicando a revolta na cidade, pergunta ao seu superior: ”Devo fazer fogo ou poupar a cidade?” – A resposta foi: “Fogo, não poupe a cidade”.  O telegrafista trocou o lugar da vírgula e a resposta ficou assim: “Fogo não, poupe a cidade”, e a destruição não foi efetuada.

 

Voltemos agora ao assunto original e raciocinemos: Jesus nunca escreveu um só de seus ensinamentos nem deixou nada escrito. Tudo o que sabemos veio através de terceiros, sendo passado de uma geração para outra, pela palavra, e por alguns textos gravados em rolos de papiros, material facilmente deteriorável, por volta dos anos 70 depois de Jesus. Somente no século IV foi que passaram a usar um material mais resistente; peles de animais transformados em manuscritos denominados pergaminhos. As alterações eram comuns na seqüência dos escritos, todos feitos à mão. Imaginemos as mudanças ocorridas ao longo dos séculos, quando sabemos que não existe um único texto original, sendo tudo “cópia de cópia”, “tradução de tradução”, donde se pode concluir que, fatalmente multiplicaram-se falhas e enganos dos copistas, somados às naturais dificuldades lingüísticas, bem como omissões e interpretações ás mais variadas, o que explica o porquê das incoerências encontradas nas narrações dos Evangelhos.

 

Teriam sido mesmo aquelas, as palavras de Jesus, referentes ao fim do mundo? – Segundo Severino Celestino da Silva, ex-seminarista, pesquisador e estudioso do Judaísmo e da Bíblia em sua língua original, o hebraico; existem entre 16 a 20, diferentes traduções da Bíblia, feitas a partir do grego, do latim e do inglês, o que explica em parte a enorme diferença existente, quando comparado o texto em português com o original em hebraico. São tantas as divergências e discordâncias que, é como estar diante de uma “torre de Babel”, resultado de traduções bíblicas mal feitas que, até a oração dominical, “Pai Nosso”, sofreu modificações. Traduzida do hebraico, ela teria os seguintes dizeres: “Pai nosso dos céus, santo é o teu nome. Venha o teu reino, tua vontade se faça na Terra como também no Céu. Dai-nos hoje nossa parte de pão. Perdoa-nos as nossas culpas, quando nós perdoarmos as culpas de nossos devedores. Não nos deixeis entrar em provação, porque assim nos resgatas do mal”.

 

Sabemos hoje, segundo os pesquisadores e historiadores, que o Velho Testamento foi escrito durante séculos, por muitas pessoas e que foram escritos 44 Evangelhos, em hebraico, no período de 40 a 70 anos depois da partida de Jesus. Convocados e reunidos para decidirem, no Concílio de Nicéia, realizado no ano de 325 D/C, o papa optou pelas quatro obras que existem até hoje, os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Dos quatro, apenas dois conheceram Jesus e foram seus apóstolos: Mateus, conhecido também como Levi e João, irmão de Tiago, filhos de Zebedeu. Marcos teria conhecido a história e os ensinamentos de Jesus, através de Pedro e de Maria, mãe de Jesus. Lucas era médico de Paulo, e aprendeu a doutrina de Jesus com o discípulo Ananias. Sabemos ainda que o Novo Testamento foi escrito, em grego, 1.500 anos depois; foi traduzido para o Latim e o Hebraico, e só em 1.681 foi feita a primeira publicação em Português, em Amsterdã, na Holanda.

 

Para comprovar incoerências nas  narrações,  citamos a passagem da  figueira estéril: O evangelista Marcos narra o fato como acontecido com Jesus. “E no outro dia, como saíssem de Betânia, teve Ele fome. E vendo ao longe uma figueira, foi lá ver se acharia nela, alguma coisa; e quando chegou a ela, nada achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus falando disse: “Nunca mais, coma alguém fruto de ti, para sempre”. E no outro dia, pela manhã, ao passarem pela figueira, viram que ela estava seca até as raízes. Então Pedro disse-lhe: “Mestre, eis que a figueira que tu amaldiçoaste, secou”. (Marcos cap.11 vrs. 12 a 14 – 20 a 21)

 

Essa mesma passagem da figueira é descrita por Lucas, como sendo uma parábola de Jesus: “Um proprietário, tendo em sua vinha uma figueira, foi procurar fruto nela e não encontrando, disse ao horticultor: “Eis que há três anos procuro fruto nesta figueira e não a encontro; cortai-a, pois, porque ela está ocupando a terra inutilmente”. Disse o vinhateiro: “Senhor, deixe-a ainda por este ano, até que eu escave ao redor e deite adubo, se der fruto ficará, e, senão, mandarás cortar”.(Lucas cap. 13 vrs. 6 a 9)

 

Analisemos o assunto. Se a narração de Marcos fosse à verdadeira, Jesus teria cometido um erro ao amaldiçoar a figueira, agravado pelo fato de saber que não era tempo de figos. Desse modo, ficamos com a narração de Lucas, por ser a mais lógica, e também por não acreditarmos que Jesus amaldiçoasse uma figueira, como não fez o mesmo com seus algozes...

 

Sobre o final dos tempos, o quadro imaginado e pintado pelos evangelistas é evidentemente, uma alegoria, bem como grande parte dos ensinamentos de Jesus, feitos por meio de parábolas. As imagens são de natureza a impressionar as pessoas ainda rudes, que necessitavam de cores fortes e de figuras vigorosas; por isso os evangelistas assim o fizeram. Do mesmo modo registraram “O Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com aquele grande poder e majestade, cercado por seus anjos e ao som de trombetas, lhes parecia bem mais imponente do que um Ser investido de sua força moral, por mais grandiosa que ela fosse para impressionar o povo”.

 

Sabendo Jesus que os seus ensinamentos seriam mal interpretados, alterados e, até esquecidos na sua essência, prometeu-nos: “Se me amais, guardai os meus mandamentos e eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito de Verdade, a quem o mundo não pode perceber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis porque ele ficará convosco e estará em vós. O Consolador que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos anunciará todas as coisas e vos fará lembrar tudo o que vos tenho dito”. (João, cap.14 vrs. 15 a 17)  Jesus cumpriu a promessa e o Consolador chegou na hora certa, em que a humanidade se encontra perdida, pelas vozes dos Espíritos Superiores, inaugurando uma nova era de progresso espiritual.

 

Em “a Gênese”, Allan Kardec, demonstrando extraordinário bom senso, analisa o Sermão Profético de Jesus, e nos tranqüiliza com relação ao futuro da Humanidade, dizendo: “Haverá chegado o momento, em que a Terra deve se elevar na hierarquia dos mundos, pelos progressos morais de seus habitantes. A residência nela, tanto de espíritos como de encarnados, será destinada aos que tiverem aproveitado os ensinos e seguido as Leis Divinas”. É esta, a separação que está figurada nas palavras de Jesus, do Juízo Final: “Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda”, isto é: “Os bons permanecerão comigo na Terra e os maus serão enviados a mundos mais inferiores”.

 

Para melhor entendimento, vamos reler o Sermão Profético de Jesus, narrado em Mateus, cap.24 vrs. 16 a 22, e analisar as predições. No versículo 16, está escrito: “Então os que estiverem na Judéia, fujam para os montes”. Entendemos a palavra “montes”, como bem definiu Emmánuel, a busca de elevação superior. Sair da Judéia, do espaço físico, fanatizado e coercivo das religiões dos homens, em busca dos “montes”, sentimentos nobres, elevados. Nos montes, os profetas oravam e buscavam a Inspiração Divina. Moisés subiu ao Monte Sinai e ali recebeu o primeiro código ético e moral para um povo ainda primitivo, O Decálogo ou os “Dez Mandamentos”. Jesus sobe o monte Tabor para transfigurar-se ao lado dos espíritos de Elias e Moisés; sobe outro monte e dele faz o memorável “Sermão da Montanha”; sobe também o monte das Oliveiras, onde era costume fazer suas orações ao Pai Celestial.

 

Nos versículos 17 e 18, lemos: “E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de dentro da casa. E quem estiver no campo não volte atrás a buscar suas vestes”. A casa representa a segurança material e as vestes são para proteção do corpo. Entretanto, nossa proteção nossa felicidade, devem se situar acima de tudo, em nossa casa emocional, em nossa mente onde deve habitar os valores espirituais; as vestes representam as coisas materiais que devemos trocar pela paciência, resignação, solidariedade que são valores espirituais. O versículo 19 lastima: “Aí das grávidas”. Tal lamento refere-se às mães aflitas que vêem seus filhos sendo destruídos pelos vícios de todos os tipos, que promovem a exclusão deles do processo natural da existência. No versículo 20, lemos: “E por isso orai para que vossa fuga não aconteça no sábado”. O sábado era o dia em que o judeu não trabalhava e por isso não estava no serviço do Senhor. Deus trabalha sempre; Jesus também e chegou a curar num sábado, e nós devemos trabalhar todos os dias para a nossa evolução, melhora do nosso próximo e do mundo em que vivemos. Em Lucas, lemos: “Bem aventurado o servo a quem, quando o Senhor chegar, achar fazendo assim”.

 

O versículo 21, diz: “E então haverá grande aflição como nunca houve até agora, nem tão pouco há de haver”. (Veja maiores detalhes sobre essa grande aflição no artigo: Fim dos Tempos) As prisões da Espiritualidade abriram-se, possibilitando que muitos espíritos ainda no mal, renasçam, nas últimas oportunidades de se reabilitarem na Terra. É esta a explicação para esta passagem e para a situação que vivemos atualmente de tantos crimes e violência de todos os tipos. A aflição atingirá a todos, graças à tecnologia dos meios de comunicação. Assim, as dores do mundo estarão em nossas vidas diariamente. Nos próximos anos, esses espíritos inferiores renitentes no mal que forem desencarnando, não mais voltarão a Terra e seus tormentos causadores das aflições, deixarão de existir; irão para mundos primitivos, de sofrimentos indescritíveis, onde terão utilidade na evolução dos que lá estiverem, graças aos conhecimentos que já possuem e que levarão daqui, sendo substituídos, na Terra, por espíritos mais evoluídos que também já reencarnaram e estão chegando ao mundo em grande quantidade, para a renovação do mundo. Assim já aconteceu aqui na Terra, então um mundo selvagem, em formação, na idade da pedra. Enquanto o espírito surgido aqui animava o homem das cavernas, os exilados de outros mundos criavam na Terra, as sociedades e as obras que até hoje são admiradas e reverenciadas por nós.

 

Finalmente, no versículo 22, encontramos o seguinte: “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias”. A atual geração desaparecerá, gradualmente, e nova geração a sucederá. Essa modificação será acompanhada por processos geológicos que, dependendo do comportamento da humanidade, serão mais ou menos violentos. (Vide artigo: Fim dos Tempos).

 

Católicos e protestantes acreditam na ressurreição da carne; ou seja, as almas voltariam aos seus corpos, já cremados ou decompostos, de apenas uma existência na Terra, para serem julgados. Isso é impossível, porque a Física e a Química, ensinam que um corpo já em cinzas ou que se decompõe, logo tem suas partículas aproveitadas por outros corpos, sejam eles vegetais ou animais. Assim, obviamente, os elementos de um corpo já teriam vindo de outros corpos, e assim, sucessivamente, indefinidamente.

 

Segundo estimativas do filósofo cristão Huberto Rohden, um dos maiores estudiosos dos Evangelhos neste século, já passaram pela Terra mais de 200 bilhões de pessoas. Atualmente, habitam o planeta mais de seis bilhões de pessoas. Na interpretação do juízo final, Jesus julgaria, num só lugar, os vivos e os mortos. Analisemos o assunto: O maior estádio do mundo, o Maracanã, no Rio, totalmente ocupado teria abrigado 200 mil torcedores, na decisão da Copa do Mundo, em 1950. Imaginemos um ajuntamento de 6 bilhões de pessoas. Por outro lado, dos seis bilhões que estão na Terra, aproximadamente só 900 milhões são cristãos; os outros professam outras religiões. Qual o critério que seria adotado para julgá-los?  Se fossem escolhidos para o céu, qual o mérito deles?  E se fossem para o inferno, qual o demérito deles? – Como poderia o Mestre, de infinito amor, mandar para o fogo do inferno, a grande maioria de seus irmãos, só por não conhecerem e seguirem seus ensinamentos? Existiria justiça nesse tipo de julgamento?...

 

Quanto à volta de Jesus, ela é mencionada em Mateus, cap.24 e Marcos, cap.13, que se confronta com o profeta Daniel, que diz no cap. 7, o seguinte: “A presença do Cristo não seria em forma humana, mas em vez disso, Ele seria poderoso governante no céu, que livrará a humanidade oprimida”. Sua vinda se daria durante o que Ele chamou de “grande tribulação”, também profetizada por Daniel, como “abominação da desolação no lugar santo” (a falta da verdadeira religiosidade, substituída pela ambição do mando e dos bens terrenos e a exploração de fiéis nos templos), este e outros sinais como; as guerras, que desde 1914 não pararam mais; os terremotos, vulcões, maremotos e outros desastres causados pela Natureza, que acontecem de tempos em tempos, ceifando centenas de milhares de existências humanas; a fome que atinge mais de 800 milhões de pessoas e que causam a morte de 12 milhões de crianças por ano, as doenças  que matam milhões de pessoas, na maioria jovens; e os crimes de todos os tipos que liquidam e aterrorizam as pessoas, em todas as partes do mundo; nos dão a certeza  de que  estamos  chegando  ao início  do  final dos  tempos  preditos  por  Jesus. Tempos em que o mundo velho se acabará dando lugar a um novo mundo regenerado, onde habitará espíritos mais evoluídos que estão chegando para essa transformação.  

 

Quanto à volta de Jesus, não é um acontecimento para o futuro. Na verdade, Ele nunca abandonou a Terra. Ele sempre está presente, como quando da Codificação da Doutrina dos Espíritos, deu várias mensagens, e sempre se faz presente, através dos seus emissários, e ainda como governante espiritual deste planeta.  Finalmente, deduzimos que Jesus não precisará voltar, mesmo porque Ele nunca se afastou de nós, cumprindo a sua promessa feita quando afirmou: “Onde estiverem duas ou mais pessoas reunidas em meu nome, eu ali estarei”.

 

Concluímos, portanto, que o Sermão Profético de Jesus não deve causar pânico nas pessoas que já escolheram os valores espirituais para norteá-los na existência terrena. Nós, espíritas, não falamos em fim do mundo, mas em fim de uma época de grandes tribulações, e no surgimento de um novo tempo de transformações, que deverá melhorar o ser humano e a Casa Planetária que lhe serve de moradia, de acordo com outra promessa de Jesus, quando disse: “Os mansos e pacíficos herdarão a Terra”.

 

Nas questões 868 e 871 de “O Livro dos Espíritos”, os Protetores Espirituais tratam do assunto nos dizendo que, em princípio, o futuro é oculto ao ser humano, e, só em casos raríssimos e excepcionais, permite Deus, seja ele conhecido. Além disso, não devemos nos esquecer de que, assim como os acontecimentos do presente, têm sua causa em existências passadas, assim também os acontecimentos do nosso futuro têm como base, as nossas ações presentes, ou seja, nesta existência. É a lei de Causa e Efeito a se revelar. Será que é possível supor que Deus destruirá o mundo, precisamente quando a humanidade está no caminho do progresso moral, pela prática dos ensinamentos evangélicos? Cremos sinceramente que não!

 

 O mundo acabará para nós, quando nós acabarmos para ele. Quando deixarmos esta existência de espírito encarnado no mundo, e passarmos para a espiritualidade, onde seremos inapelavelmente, julgados pela nossa consciência e pelo Determinismo Divino, recebendo de acordo com o que tivermos praticamos na Terra. Assim, não há razão para o ser humano viver preocupado com a volta de Jesus, nem apavorado com o fim do mundo e muito menos em busca de informações sobre o futuro, pois o nosso futuro, será o que nós fizermos dele hoje, nesta existência.

 

Há para a ciência um fenômeno que certamente aniquilará o planeta Terra: a expansão do Sol. Ele está fundindo núcleos de hidrogênio em hélio, e como existe uma quantidade limitada desse gás, aos poucos ele está diminuindo sua temperatura, até que um dia ele vai se expandir e engolir nosso planeta. Mas é fundamental que isso só vai acontecer daqui a cinco bilhões de anos! 

 

Cumprindo com nossos deveres de cristãos, obedecendo as Leis de Deus, e seguindo os ensinos de Jesus, certamente que o nosso futuro será de paz e de evolução espiritual. Essa deve ser a nossa preocupação real, na existência...

 

Bibliografia:

Revista Espírita de Campos

Revista Espírita Allan Kardec

Novo Testamento

A Gênese

Livro dos Espíritos

Jornal “Correio Fraterno” – nº. 440

+ Alguns acréscimos

 

Jc.

 

S.Luis, 12/02/1998

Revisto em 15/12/2011

  

 

 

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