segunda-feira, 4 de novembro de 2013

MORTOS NA TERRA, VIVOS NA ESPIRITUALIDADE




 
Bezerra de Menezes diz que, muitos dos que partem para a vida espiritual, finda a existência corporal, costumam ficar presos à matéria. Eles se encontram desencarnados, mas não libertos; invisíveis, mas não ausentes. A oração e a leitura de uma página do Evangelho podem, sem dúvida, ajudá-los na sua nova realidade e readaptação à vida espiritual. “O Evangelho Segundo o Espiritismo” nos fala de Sócrates que, da mesma forma que Jesus, nada escreveu e como Jesus, ele teve a morte dos criminosos. As suas últimas palavras ditas aos seus algozes e juízes, foram: “Ou a morte é uma destruição absoluta, ou ela é a passagem de uma alma para outro lugar. Se ela é apenas uma mudança de morada, que felicidade nela reencontrar aqueles que se conheceu e amamos!”

Nenhum sofrimento na Terra será comparado ao daquele coração que observa outro coração querido, sem vida, em grande silêncio. Entretanto, quando essa provação nos bate à porta, devemos reprimir o desespero e a mágoa, porque sabemos que os chamados “mortos”, são apenas ausentes na Terra, vivendo na Espiritualidade. Essa nova concepção da existência da alma, liberta o ser humano do medo da morte; dando-lhe uma nova compreensão e substitui na mente e no coração das pessoas, o velho temor e a antiga revolta contras as leis naturais de Deus. O discípulo Paulo em sua primeira epístola aos Coríntios, diz: “Planta-se o corruptível nasce o incorruptível; enterra-se o corpo material, nasce a alma espiritual”. Durante séculos, a morte era lembrada com o chamado “luto”, ou seja, até um ano depois do desenlace, a família vestia-se de preto. Quando alguém se encontrava com uma pessoa com tais trajes, se dava lhe os pêsames e rememorava-se a triste situação..

Jesus sempre se referiu à morte como algo natural, como se fora um sono para despertar depois, em uma situação mais feliz; e chama a atenção para a superioridade da alma – o espírito encarnado – que é eterna, sobre o corpo por ela usado em cada existência e abandonado como roupa velha que não lhe serve mais, e completa dizendo: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma” – Mateus, C 11:28  Emmánuel dos diz: “Ante os que partiram na grande jornada, não permitas que o desespero tome conta do seu coração. Eles estão vivos e compartilham as suas aflições. Efetua por eles o bem que poderiam fazer e contempla os céus que nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no coração a dizer-lhe que caminham felizes, em plena imortalidade, e tenha a certeza de que Deus que nos criou para nos amarmos mutuamente, jamais nos separaria para sempre...”

 É essa fé que a Doutrina dos Espíritos ensina e conforta seus adeptos.

Jc.

São Luís, 25/10/2013

Nenhum comentário: