DIABETES - Saiba a origem, tratamento e as formas de prevenir essa doença, que nem sempre apresenta sinais evidentes e que acomete grande parte da população brasileira.
Estima-se que 12% da população
do Brasil, adulta, tenha diabetes, e muitas das pessoas desse grupo nem sabem
que são portadoras. Essa doença pode ser silenciosa e seus sintomas percebidos
tardiamente. Caracterizada pelo alto nível de glicose no sangue, o que é
chamado de hiperglicemia, o diabetes pode ser ocasionado por carência de
insulina, pela resistência a esse hormônio ou pelas duas razões. A insulina é
produzida pelo pâncreas para combater a glicose sanguínea. Há alguns fatores de
risco associados ao desenvolvimento da doença, como obesidade, sedentarismo,
ingestão excessiva de açúcar, gordura,
estresse, alcoolismo, e ainda, na idade
acima de 40 anos (no caso do diabetes tipo 2), hipertensão, hereditariedade e
altas taxas de colesterol e triglicérides.
Tipos de diabetes –
Existem três tipos principais da doença. O diabetes tipo 1, costuma ser
diagnosticado na infância – mas há alguns casos que são diagnosticados acima
dos 20 anos. Por causa dessa doença, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina.
Nesse caso, são necessárias injeções diárias do hormônio. A causa exata ainda é
desconhecida.
O diabetes tipo 2 é o mais comum e ocorre, geralmente, em
adultos acima de 40 anos. Contudo, cada vez mais os jovens vêm sendo
diagnosticados com essa doença. O pâncreas não produz insulina suficiente para
manter normais os níveis de glicose no sangue, geralmente porque o corpo não
responde bem à insulina. Muitas pessoas não sabem que têm diabetes tipo 2,
mesmo sendo uma doença grave. Casos de
obesidade e sedentarismo também podem desencadeá-la.
O diabetes tipo 3 é denominado diabetes gestacional. Ocorre com
a alta quantidade de glicose no sangue a qualquer momento durante a gestação em
mulheres não diabéticas. Um dos fatores pode ser o aumento excessivo de peso
durante a gravidez. Mulheres com diabetes gestacional têm alto risco de
desenvolverem diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares após o parto.
Nos três casos o fumo deve
ser evitado, pois provoca estreitamento das artérias e veias. Como o diabetes
compromete a circulação nos pequenos vasos sanguíneos (retina e rins) e nos
grandes vasos (coração e cérebro), fumar pode acelerar o processo e o
aparecimento de complicações.
Sintomas do diabetes
a-
Urinar frequentemente e em grande quantidade;
b-
Perda de peso;
c-
Fome exagerada;
d-
Cansaço;
e-
Visão borrada;
f-
Dificuldade de cicatrização;
g-
Infecções de pele;
h-
Impotência sexual.
Perigos da doença Quando
não tratado corretamente, e à longo prazo, o excesso de açúcar pode causar sérios problemas na saúde do
paciente, como:
a- Cegueira:
As alterações vasculares na região dos olhos podem provocar pequenos
sangramentos e lesões na retina. É a chamada retinopatia diabética, que pode
levar à perda da visão;
b- Problemas
cardiovasculares: A alta taxa de glicose agride a parede dos vasos, facilitando
o acúmulo de gordura e as inflamações que entopem artérias, causando infartos e
derrames;
c- Amputação
de membros inferiores: As lesões nos vasos e a queda da irrigação diminuem a
sensibilidade nos membros inferiores. O pé do diabético é extremamente
susceptível a feridas que rapidamente podem virar úlceras de difícil
cicatrização. Infeccionadas, podem levar à amputação:
d- Impotência:
A dificuldade de circulação do sangue no pênis podem causar problemas de ereção:
e- Insuficiência
renal: A circulação deficiente compromete a função dos rins. Se não for
controlada com remédios, pode levar à falência renal.
Situações extremas O
endocrinologista Glauber Rocha, presidente da Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia, esclarece a diferença de dois quadros clínicos de
risco, quando o diabetes não é tratado corretamente.
O que é cetoacidose
diabética? – É um estado em que a deficiência de insulina (em geral vista no
diabético tipo 1) leva a um quadro de
hiperglicemia importante (geralmente acima de
500 a 600 mg/dl), com acúmulo de cetoácidos no sangue e alterações
metabólicas importantes, com risco de morte.
O que é coma hiperosmolar? –
É um estado de hiperglicemia severa (acima de 600 mg/dl), em geral no diabético
tipo 2, que pode levar a um estado de coma e até à morte, devido a alterações
metabólicas, pelo excesso de glicose.
Tratamento Os
cuidados do paciente diabético com a saúde são constantes, pois a doença ainda
não tem cura. Mantê-la controlada é garantia de qualidade de vida. O equilíbrio
entre dieta, exercícios e medicação é o melhor tratamento. A dieta deve ser seguida
à risca e orientada por um nutricionista ou médico. Os paciente da diabete do
tipo 1, precisam de injeções de insulina. Geralmente, são necessárias de uma a
quatro injeções por dia (vejam que sacrifício!). O paciente do tipo 2, responde
a um tratamento com exercícios físicos, dieta e medicamentos orais. Durante a
gravidez e a amamentação, os medicamentos podem ser trocados pela insulina. O
paciente terá que aceitar a rotina diária, adotando o glicosímetro (aparelho
que mede a glicemia). Dependendo do caso, deve ser monitorada várias vezes ao
dia para evitar o descontrole dos níveis de glicose no sangue.
Saúde no cardápio A alimentação é a grande aliada no controle
da doença. Alguns alimentos como, por exemplo, açúcares, frituras,
refrigerantes, doces, bebidas alcoólicas, carnes gordurosas, pele de aves, e
alimentos que sejam industrializados, devem ser evitados ao máximo. Os carboidratos
refinados são os grandes vilões da dieta. A alimentação adequada faz parte de
uma vida saudável. Prefira alimentos naturais como frutas, verduras, legumes,
cereais integrais, leite e derivados apenas desnatados. Como a cada três horas
e, nos intervalos, prefira alimentos com bastantes fibras.
“Pacientes diabéticos devem
evitar bebidas alcoólicas – elas não são proibidas se forem consumidas com
muita moderação – devido ao risco de queda acentuada dos níveis de açúcar no
sangue, principalmente em jejum, e com o limite de uma dose para mulheres e
duas doses para homens. Entenda-se como uma dose, uma lata de cerveja ou uma
taça de vinho, ou 50 ml de bebida destilada”, explica a endocrinologista
Vanessa Campos, diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia.
Prevenção
Para evitar o diabetes, deve-se dar adeus ao sedentarismo e ter uma alimentação
saudável e sem exageros. A prática de exercícios físicos regulares, além de
proporcionar a sensação de bem-estar, combate uma série de fatores que
prejudicam a saúde. “Os exercícios mais indicados são, preferencialmente, as
atividades aeróbicas como caminhadas, corrida, natação, ciclismo”, orienta o
médico Jomar Souza, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e
do Esporte...
UMA VIDA MELHOR PARA OS DIABÉTICOS
Isso será possível, graças
às novidades que acabam de chegar ao Brasil, e às que estão por vir. Entre elas
estão remédios que controlam a glicemia, emagrecem e ajudam a baixar a pressão
arterial. As novidades que começam a chegar ao Brasil vão mudar para muito
melhor a vida de 12 milhões de diabéticos do País. “Estamos vivendo uma era de
ouro em relação ao tratamento da diabetes”, afirma o endocrinologista Walter
Minicucci, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
A diabetes é uma doença
crônica, caracterizada pelo excesso de glicose na corrente sanguínea, que traz
prejuízos terríveis quando não controlada e que se tornou um dos maiores
problemas de saúde pública mundial. Está diretamente associada ao aumento do
risco de eventos cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular
cerebral e sendo uma das principais causas de cegueira no mundo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
aprovou para venda no Brasil, a primeira insulina para efeito de até 40 horas.
Trata-se da Tresiba (degludeca) do laboratório Novo Nordisk. A insulina é o
hormônio que permite a entrada nas células, da glicose que está circulando no
sangue. Quando há algum problema, há o acúmulo de açúcar na corrente sanguínea
que faz mal ao organismo.
Também nos próximos meses
entrarão no mercado, duas novas medicações que atuam nos rins – O Forxiga, do
Laboratório Astra Zeneca, e o Invokana, da Jannsen. “O resultado é que o açúcar
é eliminado pela urina, assim como o sódio e há uma queda importante na
concentração de glicose”, explica o endocrinologista Walmir Coutinho,
presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade. No final, o
paciente acaba com a glicose controlada e ainda pode sofrer queda na pressão
arterial e perda de peso, por exemplo: Após um ano de uso, a perda foi de três
a quatro quilos. “São vantagens importantes em se tratando de diabéticos, já
que a combinação da doença com obesidade e hipertensão arterial é algo
perigoso, elevando brutalmente o risco de doenças cardiovasculares”, diz o
endocrinologista João Eduardo Salles, professor da Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo.
O papel da Glicose. A
diabetes caracteriza-se pelo acúmulo de glicose no sangue, chamada vulgarmente
de açúcar. A glicose é uma importante fonte de energia para as células, e no
cérebro é o principal combustível. O
problema é que, quando há uma concentração excessiva na corrente sanguínea, o
corpo sofre diversos prejuízos, como o risco de cegueira e doenças
cardiovasculares.
O papel da Insulina. O
hormônio é responsável por tirar a glicose do sangue e possibilitar sua entrada
nas células. Ela é fabricada pelas células beta, localizadas no pâncreas e é
liberada de acordo com a taxa de açúcar no sangue, para evitar que haja
acúmulo.
A diabetes tipo 1, é
considerada hoje uma doença autoimune, deflagrada pelo próprio sistema
imunológico do corpo. Por razões ainda desconhecidas as células de defesa do
organismo passam a atacar as células betas, produtoras da insulina. É por esse
motivo que os portadores do tipo 1 são chamados de insulinodependentes. Os
portadores do diabetes tipo 1 da doença não conseguem fabricar a insulina, já
que as células que a produzem são destruídas pelo próprio corpo, e por essa
razão, são obrigados a recorrer a injeções diárias de insulina, às vezes mais
de uma, para manter o nível adequado de glicose. Até hoje, o efeito da insulina
injetável era de 24 horas. “Com o Tresiba, os benefícios da insulina se mantém
por até 40 horas”, explica a endocrinologista Mariana Narbot, gerente médica do
Laboratório Novo Nordisk, no Brasil. “Assim o doente ficará com uma melhor
qualidade de vida”, diz Mariana.
A diabetes tipo 2 esta associada ao estilo de vida. Pessoas
sedentárias e com sobrepeso têm mais risco de desenvolvê-la. Nesses casos, por
vias metabólicas complexas, há o surgimento de um fenômeno conhecido como
resistência à insulina. O hormônio até e produzido, mas não atua como deveria e
não consegue fazer com que as células permitam a entrada da glicose, e o
resultado também acaba sendo o acúmulo de glicose no sangue.
A prevenção com chocolate
Cientistas da University of East Anglia, na Inglaterra, concluíram que comer
chocolate e frutas vermelhas e tomar muito chá reduz o risco de surgimento da
diabetes tipo 2. Eles verificaram que a
ingestão desses alimentos está relacionada à menor resistência das células à
ação da insulina, resultando em melhor controle da taxa de glicose. “Apenas uma
porção de frutas vermelhas e um pedaço de chocolate, tem efeito na proteção e
já traz benefícios” disse a ISTO É a pesquisadora Aedin Cassidy.
Os novos auxílios são:
Insulina de ação prolongada, remédios que atuam nos rins, insulina oral,
células tronco, vacinas, infusão de insulina, monitores de glicemia e pâncreas
artificial.
Remédios utilizados na diabetes: Cloridrato de Metformina e Meritol
Fonte:
Revista
Extrafarma
Edição
nº 3 – julho/agosto/2013
Revista
ISTO É – 26/02/2014
= = =
TIREOIDES Os hormônios T3 e T4 estão ligadas ao hipertireoidismo e ao hipotireoidismo.
A glândula tireoide tem uma
forma de borboleta, com peso que varia de 15 a 25 gramas no adulto, e
localiza-se na parte inferior do pescoço, sendo uma das mais importantes do
corpo humano. “Ela é responsável pela produção dos hormônios T3 (triodotironina)
e T4 (tiroxina) sob o estímulo do TSH (hormônio), produzido pela hipófise, com
fundamental importância para a manutenção do equilíbrio metabólico do
organismo. A glândula é atuante praticamente em todos os sistemas
gastrointestinal, cardiovascular, sistema nervoso central, reprodutor e
musculoesquelético, interferindo ainda na temperatura corpórea, no peso e
crescimento dos cabelos, unhas, assim como na textura da pele”, explica a
endocrinologista Paula Rosado.
A tireoide também influencia
na maturação e desenvolvimento de crianças e adolescentes. O funcionamento
inadequado da glândula pode causar disfunções como o hipertireoidismo e o
hipotireoidismo. Saiba como funciona.
“O hipertireoidismo,
define-se pelo excesso de hormônio tireoidiano. O metabolismo fica mais
acelerado, e pode haver aumento da frequência cardíaca, tremores, maior
transpiração, sensação de calor intenso”.
Em geral, o hipertireoidismo
é causado pelo consumo intenso de iodo. Doença de Graves (mal hereditário e
estimulante da tireoide), bócio multinodular (aumento do volume da glândula,
com a presença de nódulos), tireoide pós-parto entre outras. Os efeitos desse
mal são: transpiração desenfreada, insônias, palpitações, irritabilidade, perda
de peso, intestino solto, aumento dos batimentos cardíacos, entre outros.
“O hipotireoidismo,
apresenta a situação contrária, ocorrendo á redução dos níveis de hormônios
tireoidiano, podendo haver mais sono, cansaço, redução da frequência cardíaca e
piora na memória. Tanto um como o outro, são mais frequentes em mulheres, e a
incidência pode aumentar com a idade”,
explica Silvia Corral, membro da Sociedade de Endocrinologia e Metabologia.
O mal se instala lentamente
e seus sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, levando alguns
pacientes a não procurarem um médico para o diagnóstico. As causas mais
frequentes de desenvolvimento desse mal são a Tireoide de Hashimoto (doença
autoimune), o tratamento com iodo radioativo, a retirada da tireoide por
intervenção cirúrgica e a falta ou excesso de iodo. Mas este mal não acomete
somente o sexo feminino e nem restringe os portadores pela idade. Os homens
também apresentam a doença e até os recém-nascidos podem ser afetados. O
diagnóstico nos bebês ocorre por meio do teste do pezinho, e quanto antes descoberta
a doença, melhor, pois a falta dos hormônios T3 e T4 podem levar a problemas no
desenvolvimento, inclusive do cérebro. Em decorrência da doença, o paciente
pode apresentar: perda de memória, queda dos cabelos, depressão,
enfraquecimento das unhas, cansaço, aumento de peso, impotência sexual e
infertilidade.
Diagnóstico e tratamento “A
detecção das disfunções é feita por meio de exames laboratoriais, com dosagem
dos níveis de hormônios tireoidianos e do TSH, estimulador da tireoide. No caso
do hipertireoidismo, os cuidados podem variar, dependendo da causa do excesso
de hormônio, sendo prescritos apenas medicamentos, ou uso de iodo radiativo,
podendo chegar à cirurgia. Em se tratando do hipotireoidismo, o tratamento é
realizado com reposição hormonal. Apenas o médico pode avaliar e indicar o
tratamento mais apropriado para cada situação”. A avaliação na dosagem dos
hormônios deverá ser realizada a cada seis meses, informa Silvia Corral,
doutora em Ciências pelo Serviço de Endocrinologia e Metabologia da USP
(Universidade de São Paulo).
Mitos e verdades
Pergunta: .- Problemas com a
tireoide se tornaram epidemia?
Mito: Na
verdade, as técnicas de diagnóstico atuais são mais eficazes e modernas, dessa
forma, mais casos de doença são detectados.
P.- Ingerir regularmente o
iodo, composto presente no sal de cozinha, evita a formação de bócio (aumento
no volume da tireoide)?
Verdade:
Consumir iodo de forma apropriada, sem exageros, reduz os riscos de ter essa
doença.
P.- Atletas e indivíduos em
busca do emagrecimento podem tomar os hormônios tireoidianos?
Mito:
Esses hormônios induzem muito mais a queima de músculos do que as gorduras.
P.- Todas as pessoas que têm
hipotireoidismo engordam?
Mito:
Nem todos os pacientes apresentam alteração no peso. Quando isso ocorre, o
aumento varia de dois a quatro quilos, e com o tratamento, a situação é
perfeitamente reversível.
P.- O hipertireoidismo pode
levar a depressão?
Verdade:
Muitos pacientes que desenvolveram a doença têm tendência a sofrer de depressão.
E alguns que já tratam a depressão, posteriormente descobrem que possuem
hipotireoidismo. Os hormônios da tireoide agem diretamente em áreas do cérebro
e em sistemas que influenciam o humor.
P.- Impotência sexual pode
ser uma das consequências do hipotireoidismo?
Verdade: A
doença pode causar redução na libido, diminuindo os espermatozoides, e, em
casos extremos, causar impotência...
Para pacientes com
hipotireoidismo um dos remédios utilizados é:
Puran T4
Fonte:
Revista
Extrafarma –
Edição
nº 3 – jul/agosto/2013
+
pequenas modificações.
Jc.
São
Luís, 6/8/2013
Reformado
em 6/3/2014
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