segunda-feira, 10 de março de 2014

DIABETES E TIREOIDES




 DIABETES - Saiba a origem, tratamento e as formas de prevenir essa doença, que nem sempre apresenta sinais evidentes e que acomete grande parte da população brasileira.     
Estima-se que 12% da população do Brasil, adulta, tenha diabetes, e muitas das pessoas desse grupo nem sabem que são portadoras. Essa doença pode ser silenciosa e seus sintomas percebidos tardiamente. Caracterizada pelo alto nível de glicose no sangue, o que é chamado de hiperglicemia, o diabetes pode ser ocasionado por carência de insulina, pela resistência a esse hormônio ou pelas duas razões. A insulina é produzida pelo pâncreas para combater a glicose sanguínea. Há alguns fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença, como obesidade, sedentarismo, ingestão excessiva de açúcar,  gordura, estresse, alcoolismo, e ainda, na  idade acima de 40 anos (no caso do diabetes tipo 2), hipertensão, hereditariedade e altas taxas de colesterol e triglicérides.
Tipos de diabetes – Existem três tipos principais da doença. O diabetes tipo 1, costuma ser diagnosticado na infância – mas há alguns casos que são diagnosticados acima dos 20 anos. Por causa dessa doença, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. Nesse caso, são necessárias injeções diárias do hormônio. A causa exata ainda é desconhecida.
O diabetes tipo 2  é o mais comum e ocorre, geralmente, em adultos acima de 40 anos. Contudo, cada vez mais os jovens vêm sendo diagnosticados com essa doença. O pâncreas não produz insulina suficiente para manter normais os níveis de glicose no sangue, geralmente porque o corpo não responde bem à insulina. Muitas pessoas não sabem que têm diabetes tipo 2, mesmo sendo  uma doença grave. Casos de obesidade e sedentarismo também podem desencadeá-la.
O diabetes tipo 3  é denominado diabetes gestacional. Ocorre com a alta quantidade de glicose no sangue a qualquer momento durante a gestação em mulheres não diabéticas. Um dos fatores pode ser o aumento excessivo de peso durante a gravidez. Mulheres com diabetes gestacional têm alto risco de desenvolverem diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares após o parto.
Nos três casos o fumo deve ser evitado, pois provoca estreitamento das artérias e veias. Como o diabetes compromete a circulação nos pequenos vasos sanguíneos (retina e rins) e nos grandes vasos (coração e cérebro), fumar pode acelerar o processo e o aparecimento de complicações.
Sintomas do diabetes
a-    Urinar frequentemente e em grande quantidade;
b-    Perda de peso;
c-    Fome exagerada;
d-    Cansaço;
e-    Visão borrada;
f-     Dificuldade de cicatrização;
g-    Infecções de pele;
h-   Impotência sexual.
Perigos da doença Quando não tratado corretamente, e à longo prazo, o excesso de açúcar  pode causar sérios problemas na saúde do paciente, como:
a-    Cegueira: As alterações vasculares na região dos olhos podem provocar pequenos sangramentos e lesões na retina. É a chamada retinopatia diabética, que pode levar à perda da visão;
b-    Problemas cardiovasculares: A alta taxa de glicose agride a parede dos vasos, facilitando o acúmulo de gordura e as inflamações que entopem artérias, causando infartos e derrames;
c-    Amputação de membros inferiores: As lesões nos vasos e a queda da irrigação diminuem a sensibilidade nos membros inferiores. O pé do diabético é extremamente susceptível a feridas que rapidamente podem virar úlceras de difícil cicatrização. Infeccionadas, podem levar à amputação:
d-    Impotência: A dificuldade de circulação do sangue no pênis podem causar problemas de ereção:
e-    Insuficiência renal: A circulação deficiente compromete a função dos rins. Se não for controlada com remédios, pode levar à falência renal.
Situações extremas O endocrinologista Glauber Rocha, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, esclarece a diferença de dois quadros clínicos de risco, quando o diabetes não é tratado corretamente.
O que é cetoacidose diabética? – É um estado em que a deficiência de insulina (em geral vista no diabético tipo 1)  leva a um quadro de hiperglicemia importante (geralmente acima de  500 a 600 mg/dl), com acúmulo de cetoácidos no sangue e alterações metabólicas importantes, com risco de morte.
O que é coma hiperosmolar? – É um estado de hiperglicemia severa (acima de 600 mg/dl), em geral no diabético tipo 2, que pode levar a um estado de coma e até à morte, devido a alterações metabólicas, pelo excesso de glicose.
Tratamento Os cuidados do paciente diabético com a saúde são constantes, pois a doença ainda não tem cura. Mantê-la controlada é garantia de qualidade de vida. O equilíbrio entre dieta, exercícios e medicação é o melhor tratamento. A dieta deve ser seguida à risca e orientada por um nutricionista ou médico. Os paciente da diabete do tipo 1, precisam de injeções de insulina. Geralmente, são necessárias de uma a quatro injeções por dia (vejam que sacrifício!). O paciente do tipo 2, responde a um tratamento com exercícios físicos, dieta e medicamentos orais. Durante a gravidez e a amamentação, os medicamentos podem ser trocados pela insulina. O paciente terá que aceitar a rotina diária, adotando o glicosímetro (aparelho que mede a glicemia). Dependendo do caso, deve ser monitorada várias vezes ao dia para evitar o descontrole dos níveis de glicose no sangue.
Saúde no cardápio  A alimentação é a grande aliada no controle da doença. Alguns alimentos como, por exemplo, açúcares, frituras, refrigerantes, doces, bebidas alcoólicas, carnes gordurosas, pele de aves, e alimentos que sejam industrializados, devem ser evitados ao máximo. Os carboidratos refinados são os grandes vilões da dieta. A alimentação adequada faz parte de uma vida saudável. Prefira alimentos naturais como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, leite e derivados apenas desnatados. Como a cada três horas e, nos intervalos, prefira alimentos com bastantes fibras.
“Pacientes diabéticos devem evitar bebidas alcoólicas – elas não são proibidas se forem consumidas com muita moderação – devido ao risco de queda acentuada dos níveis de açúcar no sangue, principalmente em jejum, e com o limite de uma dose para mulheres e duas doses para homens. Entenda-se como uma dose, uma lata de cerveja ou uma taça de vinho, ou 50 ml de bebida destilada”, explica a endocrinologista Vanessa Campos, diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Prevenção Para evitar o diabetes, deve-se dar adeus ao sedentarismo e ter uma alimentação saudável e sem exageros. A prática de exercícios físicos regulares, além de proporcionar a sensação de bem-estar, combate uma série de fatores que prejudicam a saúde. “Os exercícios mais indicados são, preferencialmente, as atividades aeróbicas como caminhadas, corrida, natação, ciclismo”, orienta o médico Jomar Souza, membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte...
UMA VIDA MELHOR PARA OS DIABÉTICOS
Isso será possível, graças às novidades que acabam de chegar ao Brasil, e às que estão por vir. Entre elas estão remédios que controlam a glicemia, emagrecem e ajudam a baixar a pressão arterial. As novidades que começam a chegar ao Brasil vão mudar para muito melhor a vida de 12 milhões de diabéticos do País. “Estamos vivendo uma era de ouro em relação ao tratamento da diabetes”, afirma o endocrinologista Walter Minicucci, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
A diabetes é uma doença crônica, caracterizada pelo excesso de glicose na corrente sanguínea, que traz prejuízos terríveis quando não controlada e que se tornou um dos maiores problemas de saúde pública mundial. Está diretamente associada ao aumento do risco de eventos cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral e sendo uma das principais causas de cegueira no mundo.  A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou para venda no Brasil, a primeira insulina para efeito de até 40 horas. Trata-se da Tresiba (degludeca) do laboratório Novo Nordisk. A insulina é o hormônio que permite a entrada nas células, da glicose que está circulando no sangue. Quando há algum problema, há o acúmulo de açúcar na corrente sanguínea que faz mal ao organismo.
Também nos próximos meses entrarão no mercado, duas novas medicações que atuam nos rins – O Forxiga, do Laboratório Astra Zeneca, e o Invokana, da Jannsen. “O resultado é que o açúcar é eliminado pela urina, assim como o sódio e há uma queda importante na concentração de glicose”, explica o endocrinologista Walmir Coutinho, presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade. No final, o paciente acaba com a glicose controlada e ainda pode sofrer queda na pressão arterial e perda de peso, por exemplo: Após um ano de uso, a perda foi de três a quatro quilos. “São vantagens importantes em se tratando de diabéticos, já que a combinação da doença com obesidade e hipertensão arterial é algo perigoso, elevando brutalmente o risco de doenças cardiovasculares”, diz o endocrinologista João Eduardo Salles, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
O papel da Glicose. A diabetes caracteriza-se pelo acúmulo de glicose no sangue, chamada vulgarmente de açúcar. A glicose é uma importante fonte de energia para as células, e no cérebro é o principal combustível.  O problema é que, quando há uma concentração excessiva na corrente sanguínea, o corpo sofre diversos prejuízos, como o risco de cegueira e doenças cardiovasculares.
O papel da Insulina. O hormônio é responsável por tirar a glicose do sangue e possibilitar sua entrada nas células. Ela é fabricada pelas células beta, localizadas no pâncreas e é liberada de acordo com a taxa de açúcar no sangue, para evitar que haja acúmulo.
A diabetes tipo 1, é considerada hoje uma doença autoimune, deflagrada pelo próprio sistema imunológico do corpo. Por razões ainda desconhecidas as células de defesa do organismo passam a atacar as células betas, produtoras da insulina. É por esse motivo que os portadores do tipo 1 são chamados de insulinodependentes. Os portadores do diabetes tipo 1 da doença não conseguem fabricar a insulina, já que as células que a produzem são destruídas pelo próprio corpo, e por essa razão, são obrigados a recorrer a injeções diárias de insulina, às vezes mais de uma, para manter o nível adequado de glicose. Até hoje, o efeito da insulina injetável era de 24 horas. “Com o Tresiba, os benefícios da insulina se mantém por até 40 horas”, explica a endocrinologista Mariana Narbot, gerente médica do Laboratório Novo Nordisk, no Brasil. “Assim o doente ficará com uma melhor qualidade de vida”, diz Mariana.
A diabetes tipo 2  esta associada ao estilo de vida. Pessoas sedentárias e com sobrepeso têm mais risco de desenvolvê-la. Nesses casos, por vias metabólicas complexas, há o surgimento de um fenômeno conhecido como resistência à insulina. O hormônio até e produzido, mas não atua como deveria e não consegue fazer com que as células permitam a entrada da glicose, e o resultado também acaba sendo o acúmulo de glicose no sangue.
A prevenção com chocolate Cientistas da University of East Anglia, na Inglaterra, concluíram que comer chocolate e frutas vermelhas e tomar muito chá reduz o risco de surgimento da diabetes tipo 2.  Eles verificaram que a ingestão desses alimentos está relacionada à menor resistência das células à ação da insulina, resultando em melhor controle da taxa de glicose. “Apenas uma porção de frutas vermelhas e um pedaço de chocolate, tem efeito na proteção e já traz benefícios” disse a ISTO É a pesquisadora Aedin Cassidy.
Os novos auxílios são: Insulina de ação prolongada, remédios que atuam nos rins, insulina oral, células tronco, vacinas, infusão de insulina, monitores de glicemia e pâncreas artificial.

Remédios utilizados na diabetes:  Cloridrato de Metformina  e  Meritol

Fonte:
Revista Extrafarma
Edição nº 3 – julho/agosto/2013
Revista ISTO É – 26/02/2014


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TIREOIDES  Os hormônios T3 e T4 estão ligadas ao  hipertireoidismo e ao hipotireoidismo.
A glândula tireoide tem uma forma de borboleta, com peso que varia de 15 a 25 gramas no adulto, e localiza-se na parte inferior do pescoço, sendo uma das mais importantes do corpo humano. “Ela é responsável pela produção dos hormônios T3 (triodotironina) e T4 (tiroxina) sob o estímulo do TSH (hormônio), produzido pela hipófise, com fundamental importância para a manutenção do equilíbrio metabólico do organismo. A glândula é atuante praticamente em todos os sistemas gastrointestinal, cardiovascular, sistema nervoso central, reprodutor e musculoesquelético, interferindo ainda na temperatura corpórea, no peso e crescimento dos cabelos, unhas, assim como na textura da pele”, explica a endocrinologista Paula Rosado.  
A tireoide também influencia na maturação e desenvolvimento de crianças e adolescentes. O funcionamento inadequado da glândula pode causar disfunções como o hipertireoidismo e o hipotireoidismo. Saiba como funciona.
“O hipertireoidismo, define-se pelo excesso de hormônio tireoidiano. O metabolismo fica mais acelerado, e pode haver aumento da frequência cardíaca, tremores, maior transpiração, sensação de calor intenso”.
Em geral, o hipertireoidismo é causado pelo consumo intenso de iodo. Doença de Graves (mal hereditário e estimulante da tireoide), bócio multinodular (aumento do volume da glândula, com a presença de nódulos), tireoide pós-parto entre outras. Os efeitos desse mal são: transpiração desenfreada, insônias, palpitações, irritabilidade, perda de peso, intestino solto, aumento dos batimentos cardíacos, entre outros.
“O hipotireoidismo, apresenta a situação contrária, ocorrendo á redução dos níveis de hormônios tireoidiano, podendo haver mais sono, cansaço, redução da frequência cardíaca e piora na memória. Tanto um como o outro, são mais frequentes em mulheres, e a incidência pode aumentar com a idade”,  explica Silvia Corral, membro da Sociedade de Endocrinologia e  Metabologia.
O mal se instala lentamente e seus sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, levando alguns pacientes a não procurarem um médico para o diagnóstico. As causas mais frequentes de desenvolvimento desse mal são a Tireoide de Hashimoto (doença autoimune), o tratamento com iodo radioativo, a retirada da tireoide por intervenção cirúrgica e a falta ou excesso de iodo. Mas este mal não acomete somente o sexo feminino e nem restringe os portadores pela idade. Os homens também apresentam a doença e até os recém-nascidos podem ser afetados. O diagnóstico nos bebês ocorre por meio do teste do pezinho, e quanto antes descoberta a doença, melhor, pois a falta dos hormônios T3 e T4 podem levar a problemas no desenvolvimento, inclusive do cérebro. Em decorrência da doença, o paciente pode apresentar: perda de memória, queda dos cabelos, depressão, enfraquecimento das unhas, cansaço, aumento de peso, impotência sexual e infertilidade.
Diagnóstico e tratamento “A detecção das disfunções é feita por meio de exames laboratoriais, com dosagem dos níveis de hormônios tireoidianos e do TSH, estimulador da tireoide. No caso do hipertireoidismo, os cuidados podem variar, dependendo da causa do excesso de hormônio, sendo prescritos apenas medicamentos, ou uso de iodo radiativo, podendo chegar à cirurgia. Em se tratando do hipotireoidismo, o tratamento é realizado com reposição hormonal. Apenas o médico pode avaliar e indicar o tratamento mais apropriado para cada situação”. A avaliação na dosagem dos hormônios deverá ser realizada a cada seis meses, informa Silvia Corral, doutora em Ciências pelo Serviço de Endocrinologia e Metabologia da USP (Universidade de São Paulo).
Mitos e verdades
Pergunta: .- Problemas com a tireoide se tornaram epidemia?
Mito: Na verdade, as técnicas de diagnóstico atuais são mais eficazes e modernas, dessa forma, mais casos de doença são detectados.
P.- Ingerir regularmente o iodo, composto presente no sal de cozinha, evita a formação de bócio (aumento no volume da tireoide)?
Verdade: Consumir iodo de forma apropriada, sem exageros, reduz os riscos de ter essa doença.
P.- Atletas e indivíduos em busca do emagrecimento podem tomar os hormônios tireoidianos?
Mito: Esses hormônios induzem muito mais a queima de músculos do que as gorduras.
P.- Todas as pessoas que têm hipotireoidismo engordam?
Mito: Nem todos os pacientes apresentam alteração no peso. Quando isso ocorre, o aumento varia de dois a quatro quilos, e com o tratamento, a situação é perfeitamente reversível.
P.- O hipertireoidismo pode levar a depressão?
Verdade: Muitos pacientes que desenvolveram a doença têm tendência a sofrer de depressão. E alguns que já tratam a depressão, posteriormente descobrem que possuem hipotireoidismo. Os hormônios da tireoide agem diretamente em áreas do cérebro e em sistemas que influenciam o humor.
P.- Impotência sexual pode ser uma das consequências do hipotireoidismo?
Verdade: A doença pode causar redução na libido, diminuindo os espermatozoides, e, em casos extremos, causar impotência...
Para pacientes com hipotireoidismo um dos remédios utilizados é:  Puran T4

Fonte:
Revista Extrafarma –
Edição nº 3 – jul/agosto/2013
+ pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 6/8/2013
Reformado em 6/3/2014

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