Conta-se que um dia um homem parou na frente de pequeno bar, tirou do bolso um metro, mediu a porta e falou em voz alta: “Dois metros de altura por oitenta centímetros de largura”. Admirado, mediu-a de novo. Como se duvidasse das medidas que obteve, mediu-a pela terceira vez. E assim tornou a medi-la outras vezes.
Curiosas,
as pessoas que por ali passavam começaram a parar e observar. Primeiro um
pequeno grupo, depois um grupo maior, por fim uma multidão. Voltando-se para os
curiosos o homem exclamou, visivelmente impressionado: “Parece mentira! Esta
porta mede apenas dois metros de altura e oitenta centímetros de largura, no
entanto, por ela passou todo o meu dinheiro, meu carro, meus móveis, minha casa
e o pão dos meus filhos. E não foram só os bens materiais; por ela passaram
também a minha saúde, passaram as esperanças de minha esposa, passou toda a
felicidade do nosso lar.
Além
disso, passou também a minha dignidade, a minha honra, os meus sonhos e os meus
planos. Sim senhores, todos os meus planos de construir uma família feliz,
passaram por esta porta, dia após dia... gole após gole. Hoje eu não tenho mais
nada... Nem família, nem saúde, nem esperança. Mas quando passo pela frente
desta porta, ainda ouço o convite daquela que é a responsável pela minha desgraça... Ela ainda me chama
insistentemente... dizendo: Só mais um
trago! Só hoje! Uma dose apenas!
Ainda
escuto suas sugestões em tom de estímulo: “Você bebe socialmente,
lembra-se!” Sim, essa era a senha. Essa
era a isca. Esse era o engodo. E mais uma vez eu caia na armadilha, dizendo
comigo mesmo: “Quando eu quiser, eu paro”. Isso é o que muitas pessoas que
bebem pensam, mas só pensam... Eu
comecei com um cálice, mas hoje, a bebida me dominou por completo. Hoje eu sou
um trapo humano... E a bebida, bem, a bebida continua fazendo as suas desprevenidas vítimas . Por isto é que eu lhes digo senhores:
“Esta é porta mais larga do mundo! Ela tem enganado muitas pessoas... ela é a
porta da perdição!”
Por
esta porta, que pode ser chamada a porta do vício, de aparência tão estreita,
pode passar tudo o que se tem de mais caro neste mundo. Hoje eu sei dos
malefícios do álcool, mas muitas pessoas ainda não sabem, ou pensam que sabem e
fingem que não, para não admitirem que estão sob o jugo da bebida.
E
o que é pior, possuem esse maldito veneno, destruidor de vidas, dentro do
próprio lar, à disposição, como um convite para os seus filhos. Se os senhores
soubessem o inferno que é ter a vida destruída por esse vício, certamente
passariam longe dele e protegeriam sua família contra suas ameaças.
Visivelmente
amargurado, aquele homem se afastou, a passos lentos e trôpegos, deixando a
cada uma das pessoas que o ouviram, motivos de profundas meditações...
Este
pequeno drama nos convida a evitar o consumo de álcool. Se ele pode ser usado
como remédio quando em pequenas doses, ele traz malefícios incalculáveis, se
nos leva ao abuso. Se você já é usuário, para não ficar dependente, pare,
enquanto é tempo, porque qualquer vício escraviza e transforma a pessoa num
farrapo humano.
Não
se vincule aos chamados “aperitivos sociais” por parecer-lhe uma postura
social, mas que conduz aos lamentáveis processos de alcoolismo que se iniciam
em pequenas doses, para culminar em cárcere moral, quando não em hospital
psiquiátrico. Uma existência sadia
torna-se ditosa abençoada e prolongada, a benefício daquele que assim a
preserva. Diga não ao álcool, mesmo que seja em alguma cerimônia social, onde
começa geralmente esse vício destruidor das famílias.
Fontes:
“Minuto de Sabedoria”
Autor: Carlos Torres
Pastorino
“Vida Feliz”
Autora: Joanna de
Ângelis
“Seara Espírita” –
n 139
Autor Desconhecido
+ Pequenas modificações.
Jc.
São Luís, 21/8/2016
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