domingo, 4 de dezembro de 2016

FREI LUIZ, O LIRIO DO VALE




 Uma das grandes responsabilidades no mundo é a missão de ajudar ao próximo por meio da irradiação de pensamentos positivos e fraternos. Com a irradiação e a transmissão desses pensamentos, auxiliamos a cura das almas.
A alegria indiscutível manifestada em Frei Luís se fez das mais variadas formas; e uma delas: A Lei do Amor. Paulo já nos dizia  que “a Lei perfeita é o Amor porque o Amor não faz mal a ninguém”. Frei Luís foi á dedicação viva, reluzente e atraia para si, todos aqueles que tinham a necessidade de amor, porque ele foi á perfeição da nossa consciência, da nossa moral. Foi essa fonte luminosa e alimentadora que este irmão teve dentro de si; foi o modelo do Bem, a abnegação absoluta para a sabedoria na incessante busca do Templo Maior. . .
Frei Luís veio ao mundo em 27 de junho de 1872, em uma aldeia  situada em Westfália, na antiga Prússia, com o nome de Teodoro Henrique Reinke, filho de Hermann Reinke e de Maria Reinke, de cuja união nasceu, primeiro, Gertrude, de temperamento terrível  que infligia ao seu irmão, pesados castigos corporais para manter a disciplina. Teodoro, por sua vez, apesar de ser alto não possuía muita musculatura. Ele tinha uma fronte alta e pensadora e uma cicatriz na altura do nariz em consequência de um acidente. Seus cabelos eram louros e os olhos lembravam as águas do mar, e seu rosto tinha lábios finos.
Ele terminou seu curso primário com quatorze anos e aos quinze anos, passou a trabalhar num armazém como caixa. Aos dezoito anos ingressou no Colégio Seráfico de Harrefeld, Holanda, e em 1894 recebeu a indumentária de franciscano, iniciando o noviciado e surge então Frei Luiz. Em1895 embarca para o Brasil em um vapor alemão, acompanhado de cinquenta  e um franciscanos. Chega ele à Bahia, rumando para o Convento de São Francisco, onde passou a maior parte da sua juventude. Em1896 ele contraiu a febre amarela e depois o beribéri e, após, tuberculose, ficando extremamente fraco.
Nesse interim, surge ao lado do seu catre, um Espírito amigo que lhe ofertando um frasco, contendo um líquido de cor esbranquiçada, disse-lhe: “Tome seu conteúdo de uma vez que ficará curado”. E assim, foi feito. Em 1899, embarca para o Rio de Janeiro e se dirige para Petrópolis, vindo a celebrar, em 1990, sua primeira missa na Igreja do Sagrado  Coração de Jesus. Sob o pseudônimo de “Lírio do Vale”, traduz o romance “Josefina”, do alemão Franz V. Seeburg. Foi um entusiasta da flora brasileira, onde se servia para curar os pobres. Em 1914, sofreu um acidente automobilístico, passando a ter severas hemorragias pelo nariz e boca.
Seus olhos verdes mostravam sempre um sorriso de confiança e era por todos considerado o apóstolo da ternura e do amor; e por onde passava, transmitia paz, compreensão e bondade. Frei Luís previa o futuro, seus pensamentos viajavam a uma terra muito longe, onde tinha exercido a sua missão espiritual, ou seja, a de espalhar a semente do Senhor. Num certo momento de sua existência, ao não poder atender ao pedido de uma senhora carente, lhe disse:  “Neste dia estou morto”.
Como um luminar, Frei Luís lutou persistentemente contra o “baixo espiritualismo”, a magia negra e os trabalhos de bruxaria, e veio a falecer em 1937. Hoje, ergue-se na Estrada da Boiúna, 1367, na Taquara, Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, o Educandário Social de Frei Luiz, cujo objetivo é a assistência médica e odontológica, como também obras sociais, tudo gratuitamente. Que a paz e o amor do Pai esteja sempre com você, Frei Luiz, e que o suave perfume do Lírio do Vale o envolva...

Fonte:
“Brasília Espírita” – 9-10/2016
Autor: José Antônio Leite de Morais
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 23/9/2016

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