domingo, 20 de agosto de 2017

AÇÃO E REAÇÃO





  São as imperfeições ou as qualidades da alma que geram as ações felizes ou equivocadas. E essas nossas ações estão caracterizadas com o selo moral do estágio em que se situa o ser humano. Portanto, os pensamentos, os sentimentos e as próprias ações executadas no transcorrer de uma existência geram reflexos na própria existência, na vida espiritual e até na próxima ou nas futuras existências, a depender da extensão ou gravidade da ação promovida.  A lei de ação e reação, ou o lema “a cada um segundo suas obras”, baseia-se num perfeito mecanismo de justiça e igualdade, absoluta para todos.
Não há qualquer favoritismo para quem quer que seja. Agindo bem, teremos o mérito do bem praticado. Agindo mal, teremos os resgates dos nossos atos. Não se trata de castigo, em absoluto, mas de sofrer as consequências.
Muitos sofrimentos poderiam ser evitados – Qualquer prejuízo que causarmos a nós mesmos ou a terceiros ocasionará sempre consequências inevitáveis em nossa existência. Isso é da Lei Divina. E qualquer benefício que fizermos aos outros gerará méritos e benefícios correspondentes em nosso caminho, ainda que haja ingratidão dos beneficiários.
Passamos a entender, portanto, que fazer o mal a quem quer que seja nunca será compensador, pois sempre iremos responder pelo mal que tenhamos causados, inclusive a nós mesmos. E do mesmo modo, toda felicidade e tranquilidade que proporcionarmos ao nosso próximo redundará, sempre e inevitavelmente, em benefício para nós mesmos. Não é por outra razão que Jesus nos ensinou a perdoar.
O ódio alimentado, a vingança executada, ou a perseguição a qualquer pessoa redundarão em estágios de sofrimento e dor a seu próprio autor, enquanto que perdoando libertamo-nos. Também é pela mesma razão que a recomendação sempre e constante é para que promovamos o bem, ainda que este não seja espontâneo (porque estamos aprendendo a incorporá-lo em nossas ações) visto que todo bem gera o bem.
O mal praticado sempre gerará consequências desagradáveis. É fácil perceber, portanto, que muitos sofrimentos existentes nos nossos dias, na existência individual, social ou coletiva, poderiam ser evitados se houvesse o conhecimento dessa realidade; das consequências geradas por nossos atos. Quantos equívocos pelo desconhecimento dessa Lei que simplesmente usa a justiça e a igualdade como parâmetros...
Não temos o direito de denegrir, de caluniar, de espoliar ou ferir... Não temos também o direito de interferir na existência de ninguém, de roubar (bens, dignidade, oportunidades, paz, etc)  nem de impor ideias ou padrões que julgamos correto ou até mesmo de matar nosso semelhante... Todas as pessoas merecem respeito. Entendemos que as criaturas são livres, desejam ser respeitadas, assim como queremos ser...
As tentativas de dominação, imposição, de cerceamento da liberdade individual, sempre ocasionarão sofrimentos, pois todos somos pensantes, com vontade própria, e responsável por nosso próprio caminho. Poderemos é claro, sugerir, aconselhar (se formos solicitados) e auxiliar no que for possível, mas jamais violentar as consciências, pois todas merecem respeito.
Observa-se que as próprias leis humanas, refletindo as imperfeições do estágio evolutivo do planeta, muitas vezes são equivocadas, gerando também consequências para o futuro. O que se observa atualmente é fruto de toda essa inconsciência coletiva dos mecanismos que nos dirigem a existência. Há que         se pensar no que estamos fazendo. Já não somos mais seres humanos tão ingênuos que desconhecem as Leis Morais.
Estamos todos num caminho evolutivo, onde os direitos são iguais. Tais direitos, abrangentes, devem ser respeitados pela igualdade e pela justiça. E é pelo desrespeito a tais princípios de igualdade e justiça que se observam os efeitos danosos na existência material e na vida espiritual, com os depoimentos que os próprios Espíritos trazem do estado em que se encontram, em virtude do padrão moral que adotaram no seu relacionamento com os outros ou consigo mesmos.
 O livro “O Céu e o Inferno” traz depoimentos, na sua segunda parte, de diferentes Espíritos que descrevem a situação em que se encontraram após a morte. Mas a questão não é apenas para depois. Há que se considerar a própria existência, atual ou futura, onde os mesmos reflexos se fazem sentir.  As  Leis Morais e seus princípios são esquecidos pela maioria dos seres humanos encarnados no planeta, embora a consciência onde está escrita a Lei de Deus, os avise de seus equívocos.
Sufocados pelas imperfeições morais do orgulho, do egoísmo, da vaidade, ainda nos permitimos sufocar a nossa própria consciência e agimos em desrespeito e em detrimento uns dos outros, daí as consequências e os sofrimentos que experimentamos. Em tudo, porém, é preciso sempre considerar a misericórdia de Deus, que nunca abandona seus filhos e lhes abre sem cessar novas oportunidades de progresso.
Para concluir, gostaríamos de oferecer à reflexão, a frase de Joanna de Ângelis na psicografia de Divaldo Franco:  “No lugar em que te encontras, sempre poderás semear a luz da esperança e do amor”. Eis uma programação para modificar os panoramas da existência humana. Basta nos situarmos no esforço do bem, para gerar efeitos salutares de felicidade e de saúde.  Se usarmos este roteiro nas atitudes de cada dia, pronto! Estaremos sintonizados com o bem, gerando efeitos de alegria e felicidade. Simples consequência da lei de Ação e Reação...

Fonte:
Jornal “O Imortal” – julho/2017
Orson Peter Carrara
O “Livro dos Espíritos”
O livro “O Céu e o Inferno”
+ Algumas modificações.

Jc.
São Luís, 25/7/2017

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