Alguém nos pergunta se existe diferença entre a crença e a fé, e em que livro existe algo sobre o assunto. Há enorme diferença entre a crença e a fé.
No
livro “O Consolador”, obra mediúnica psicografada por Chico Xavier, o Espírito de
Emmanuel diz que crença diz respeito a crer. Diferente da simples crença, a fé
desperta todos os sentimentos nobres que encaminham o ser humano para o bem e,
como tal, é á base da regeneração. Idêntico
ensinamento encontramos no cap. VII da 2ª parte do livro “O Céu e o
Inferno”, no qual o guia da médium diz que a crença é o primeiro passo; a fé
vem em seguida e, por último, a transformação, mas para isso é preciso que
muitos tenham se melhorado e se elevado no mundo espiritual.
É
possível comunicar a fé a alguém por meio de imposição? Segundo Allan Kardec, a
fé não se impõe nem se prescreve, mas pode ser adquirida, não existindo
ninguém que esteja isento de possuí-la.
Para crer e ter fé, porém, é preciso compreender que a fé cega, já não tem
lugar em nosso mundo. Sobre a fé, Emmanuel apresenta-nos também, na obra
citada, as seguintes considerações: “Ter fé é guardar no coração a luminosa
certeza em Deus, fazendo o coração repousar numa energia constante da
realização divina.” Conseguir a fé é alcançar a certeza de não mais dizer “eu
creio”, mas afirmar “eu sei”, com todos os valores da razão tocados pela luz do
sentimento. Traduzindo a certeza na assistência de Deus, ela exprime a
confiança que sabe enfrentar todos os problemas e lutas, com a luz divina no
coração, e significa a humildade no íntimo do espírito, a disposição do
“faça-se no humilde filho a vontade do Senhor”.
As
implicações da espiritualidade na saúde vêm sendo, cientificamente, avaliadas e
documentadas em centenas de artigos acadêmicos, demonstrando sua relação com
vários aspectos da saúde física e mental.
Há crescentes evidências sobre a relação entre a espiritualidade e a
saúde física. Contudo, por essas
evidências ainda não serem robustas se constituem apenas em promissor campo de investigação.
É, sem dúvida, um campo de pesquisa com enorme potencial. As investigações
demonstram que doentes espiritualizados
e com fé, lidam melhor com os problemas e recuperam-se mais rapidamente
e apresentam menos ansiedade do que aqueles que lidam com emoções negativas,
descrentes e materialistas.
Atualmente,
muitos médicos percebem que os doentes, apoiados em algum tipo de fé religiosa
e que mantêm a esperança na sua recuperação, apresentam melhoras. A imprensa
tem noticiado que médicos e instituições hospitalares do mundo, atualmente, já
incluem nas suas rotinas, de maneira sistemática e definitiva, a prática de
estimular os pacientes quanto a fortalecer a esperança, o otimismo e a fé, como
recursos indispensáveis no combate às doenças. Esses procedimentos funcionam
como remédios para a alma, com repercussões benéficas para o corpo físico,
sobretudo no tratamento das doenças graves do enfermo. Isso tem
sido observado em centros
de tratamento de doenças graves como câncer e patologias
que exigem do enfermo uma forte fé na sua recuperação.
Independentemente
dos agentes causadores da doença, a estimulação dos valores espirituais se
coloca em uma posição bastante conveniente: não apenas demonstra a divisão de
responsabilidade com a medicina moderna, mas sinaliza intervir onde esta se
revela impotente. Nesse sentido, como é importante o estímulo da fé e da oração
nos hospitais. A oração é uma prática milenar de diversas e distintas
religiões, associadas ao bem-estar, promoção de saúde e espiritualidade. “A
espiritualidade não vem suplantar a medicina
e os médicos; vem simplesmente provar que há coisas que eles não sabem e
os convidar para estudá-las; que existem recursos na natureza que eles ignoram,
que o elemento espiritual que eles desconhecem, não é uma quimera, e que,
quando eles levarem em conta, abrirão novos horizontes à ciência e terão mais
êxitos do que agora.”
A
fé e a oração atuam sobre as pessoas, influenciando o sistema imunológico,
segundo estudos pioneiros realizados no ano de 1988, no Hospital Geral de São
Francisco, na Califórnia. Nesse hospital “foi possível comprovar que os
pacientes que receberam orações apresentaram significativas melhoras, disso
resultando a necessidade de menor quantidade de medicamentos.”
Para
nós, espíritas, ela se reveste de características especiais, pois “a par da
medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o
poder da ação fluídica, e a Doutrina dos Espíritos nos revela outra força poderosa
na mediunidade curadora e a influência da oração.” Mas uma coisa é clara, a
oração não pode mudar a natureza das provas pelas quais o ser humano tem que
passar, ou até mesmo, desviar-lhe seu curso, isto por que elas estão nas
ordenações de Deus.
Há
provas que o ser humano deve suportar até o fim de seus dias, para resgatar
dívidas, mas Deus leva sempre em conta a resignação e possa até abreviá-las. A
fé e a oração são um bálsamo reconfortante para a nossa alma enfermiça, pois
nos faz suportar as vicissitudes. Tem, assim, a oração o dom de nos dar forças
para suportarmos os problemas e nos colocar em posição de vencermos o que nos
pareciam impossíveis.
O
pensamento de fé e a oração se torna um dínamo condutor da existência física
para a vida espiritual, que nos permite sempre estabelecer um contato com os
espíritos que participam das atividades curadoras. Ao mesmo tempo em que nos
permite tudo isso, ele também poderá nos ligar a espíritos cuja presença seja
prejudicial ao ato de curar. Todas as moedas possuem dois lados assim como as
leis da natureza são estradas de mão dupla. A nossa mente que é uma fonte de
energia pode ajudar a nos curar ou a nos destruir...
A
importância da fé em nossa vida foi destacada, entre outros, por Jesus de
Nazaré, quando disse: “Tudo é possível àquele que tem fé” – Marcos, 9:23.
Fontes:
Jornal “O Imortal”-
9/2017
Astolfo de Oliveira
Filho
Jorge Hessen
Evangelho de Jesus
O Consolador – O Céu
e o Inferno
+ pequenas
modificações
Jc.
São Luís, 25/9/2017
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