sábado, 10 de março de 2018

COMO CUIDAR DE UM DOENTE TERMINAL





 
Geralmente não conseguimos acreditar que um parente nosso possa ser diagnosticado com um câncer. Apesar de atualmente existirem remédios que prolongam a existência dos doentes, mesmo assim, os médicos costumam dar algum tempo na existência terrena. Nesse caso, os parentes ficam sem chão por não estarem preparados para lidar com essa situação. Infelizmente, todos nós podemos passar por essa situação.
As pessoas ficam arrasadas quando alguém que elas amam é diagnosticada com uma doença terminal. É comum as pessoas ficarem sem saber o que fazer, mas muitos aceitam o desafio de cuidar de um parente que está com uma doença terminal, e isso é elogiável. Só que esse é um desafio e tanto. Como a família pode fazer para consolar e cuidar do parente que está doente? Como lidar com os vários sentimentos que surgem? Conforme o estado da pessoa vai piorando, que desafios vão aparecer? Vamos ver por que cuidar de alguém com uma doença terminal é um desafio tão grande hoje em dia.
As coisas mudaram muito na questão do tratamento de saúde. Uns cem anos atrás, mesmo nos países desenvolvidos, as pessoas viviam bem menos. Ao contrair uma doença ou sofrer um acidente, as pessoas não resistiam  por muito tempo, pois nem todos tinham acesso a remédios e hospitais, e os doentes eram cuidados pela própria família e passavam seus últimos dias de existência em casa. Hoje, com os avanços da medicina, os médicos conseguem tratar as doenças de forma mais agressiva, e isso tem aumentado a duração da existência. As doenças que antes atingiam as pessoas, levando-as à morte, agora podem ser tratadas, fazendo com que o doente viva bem mais tempo.
Conversar com antecedência e de forma sincera se ele quer ser internado e quem ele quer que tome as decisões quando ele não puder mais fazer isso. Tratar desses assuntos diminui a chance de surgirem desentendimentos ou sentimento de culpa por parte dos parentes que vão ter que tomar as decisões, e permite que a família se concentre apenas em cuidar do parente doente. Apesar de tanta ansiedade, medo e tristeza,  o que pode ajudar você a se preparar para os desafios à frente? A principal tarefa de quem cuida de alguém doente é consolar.
Peça a Deus a paciência e a sabedoria para você aproveitar bem o tempo que ainda tem com seu parente doente, pois cuidar de pessoas nessa situação é bem desafiador e exige muitos cuidados. É muito importante relembrar à pessoa que está doente que ela é amada e que ela não está sozinha, e uma forma de fazer isso é ler ou cantar para ela, mas leia coisas positivas e as músicas que ela gosta e que vai deixá-la mais animada.  É aconselhável também segurar a mão da pessoa e falar de um jeito carinhoso com ela. 
Procure fazer uma oração com o seu paciente, incutindo-lhe bom ânimo e a fé em Deus e à Sua misericórdia que a todos nós beneficia, pedindo pela sua melhora ou recuperação. Buscar ajuda e abrir o nosso coração a Deus quando estamos ansiosos e passando por um momento difícil é de muita ajuda. Procure lembrar ao doente de que ele partindo da Terra vai se libertar dos sofrimentos que passa e continuar vivendo como Espírito, em contato com seus entes queridos, pois a morte não existe a não ser apenas para o corpo físico. Quando a família tem que cuidar de um  parente doente, acaba ficando sem saber o que fazer. Em vista disso, cada vez mais os pacientes com doenças terminais passam seus últimos dias da existência nos hospitais, e não mais no lar.
Durante as últimas semanas de existência do doente, é comum ele manifestar alguns sintomas que estão nomeados abaixo, para a orientação dos parentes:
a-  Falta de vontade de comer ou beber. Passar glicerina nos lábios e colocar um pano úmido na testa dele pode ajudar;
b-  Vontade de ficar sozinho ou com uma ou duas pessoas.   Nesse caso, manter o ambiente quieto e calmo;
c-   Passa muito tempo dormindo, o que lhe possibilita a calma;
d-   O doente fica inquieto. Deve-se falar com ele com calma;
e-   Ele fica confuso. Se falar com ele identifique-se pelo nome    e escute-o com respeito, mesmo que ele pareça confuso;
 f-  Incontinência do doente. Procurem manter o doente e a  cama dele limpos;
g-  Mudança na respiração. Se o doente gemer quando respirar, pode ser apenas o ar passando pelas cordas vocais;
h- Congestão. Levante a cabeça do doente colocando uns travesseiros. Isso o ajudará a não engasgar.
i-   Mudança na cor da pele. Isso muitas vezes acontece quando o sangue está indo para os órgãos vitais a fim de mantê-los.
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De acordo com o Determinismo Divino, a aceitação e a conformação no que diz respeito á encarnação (nascimento), permanência na existência terrena, e desencarnação (morte) libertação do corpo, que o Espírito utilizou na peregrinação terrena. Para os que partem da Terra, nos deixa com a sua ausência, a saudade e levam consigo nosso desejo de que possam habitar um lugar de harmonia e paz, reencontrando aqueles que foram motivos de seus afetos, com as bênçãos de nosso Pai Celestial.

Depois que uma pessoa que amamos se liberta da existência terrena, devemos procurar àqueles que nos ajudaram e agradecer-lhes. Devemos também fazer orações pelo ente querido que desencarnou a fim de que ele fique sabendo que ainda oramos por ele e que um dia voltaremos a nos encontrar, pois não há separação entre os que se amam, mesmo que um esteja no plano espiritual e outros ainda na existência terrena. Lembremo-nos de que Jesus nos provou que a morte não existe, retornando do túmulo para a verdadeira vida que é a do Espírito, pois ele mesmo afirmou ser:  O Caminho, A Verdade e a Vida. . .

Fonte:
Revista “A Sentinela” nº 4
+ Acréscimos e modificações.

 Jc.
São Luís,  21/11/2017


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