segunda-feira, 30 de abril de 2018

POR AMOR AO BRASIL





 
Somos espíritas.  
E tudo o que formos dizer aqui será dito à luz da Doutrina Espírita. Assim sendo, vamos explicar sem rodeios e para que a nossa explicação não seja eivada de fanatismo e paixão, é necessário, antes de tudo, que expressemos um conceito tão simples quanto profundo do que seja a Doutrina dos Espíritos.  Registramos aqui a definição que lhe deram os Espíritos Superiores que o revelaram a Allan Kardec: É a Terceira Revelação de Deus à Humanidade.
A primeira Revelação veio através da mediunidade de Moisés, representada pelo Decálogo (Dez Mandamentos), quando o legislador dos hebreus se encontrava meditando no monte Horeb. A segunda Revelação veio por intermédio de Jesus, o Cristo de Deus, em nosso planeta, constante de seu Evangelho registrado pelos evangelistas: Mateus (Levi) e João, que conviveram com o Mestre, e Marcos e Lucas, numa fase em que a civilização da Humanidade se iniciava na sua madureza moral e havia sido prevista por Moisés e pelos profetas, e enfatizada em certos detalhes pelos profetas Isaías e Malaquias. Jesus percebeu pela sua mediunidade, que os seus ensinos seriam modificados, truncados, mistificados e falsificados, em favor dos interesses egoísticos dos seres humanos: eles os transformariam em religião particular, da qual muitos tirariam proveito, honrarias, títulos pomposos, poderes materiais e  enriquecimento, corrompendo-os. Ciente disso, Jesus então prometeu outro Consolador que viria ratificar todas as verdades constantes nos seus ensinos e retificar tudo quanto fora modificado pela má fé dos homens. 
O Consolador, Paracleto, Espírito de Verdade ou Doutrina dos Espíritos, como a terceira revelação, que se constitui de Filosofia, Ciência e Religião, se apresentou ao mundo quando a Humanidade começou a ser vacinada contra o vírus do materialismo, do fanatismo religioso e o planeta está se aproximando de uma fase nova, regeneradora da moral e dos costumes. Esta fase está prevista para ser neste 3º milênio da era cristã, também cognominada pelo Plano Espiritual como Era Nova do Espírito, que não está vindo com exclusividade para os Espíritas, mas para todos os seres humanos que, por humildade, evolução e amor ao próximo estiverem em condições de permanecerem no planeta, continuando nele, renascendo e que serão os herdeiros do Reino dos Céus, conforme Jesus declarou no Sermão da Montanha. 
É do nosso dever afirmar que essas três grandes revelações não vieram para a Terra com exclusividade nem para judeus ou para cristãos, mas para toda esta Humanidade. Existe uma particularidade na Ciência Espírita, que se faz também necessário esclarecer, que é a lei da reencarnação, que as outras religiões ditas cristãs ignoram e trocam pelo dogmatismo, tendo em vista interesses, apesar de ser explícita no Velho e Novo Testamento, sendo que alguns a repudiam e outros a desconhecem, enquanto muitos libertos das amarras impostas pelo fanatismo a aceitam como uma verdade divina.
O que é Ciência Política?  Qual a melhor definição? H. Heller, na Encyclopedia of the social sciences de (Macmillan, New York, 19345 página 209) assim se expressa: “A ciência política dá ênfase às relações desses fenômenos (soberania, independência política, liberdade, governo) com as situações reais determinadas pelas classes sociais, á geografia, a religião e os tipos de controle econômico, político ou psicológico que entram em jogo”. A partir daí, talvez seja possível formar um juízo das ações, mormente quando se queira referir a um sistema político favorável ao Brasil, e demonstrar que a grande dificuldade deste país, repousa no fato de não existir, na maioria dos seus políticos, nenhum senso lógico dessa ciência, nem em sua administração governamental nem em seus poderes legislativo ou judiciário.
Na área judicial, infelizmente, se verifica um poder muito mais influenciador negativo que técnico jurídico de correção e cumprimento das leis, visto também no executivo e no poder legislativo. É impossível ser um bom político, sem que ele seja ciente dos verdadeiros objetivos de uma ciência política.
Vejamos o que se passou na história política dos Estados Unidos da América, quando Thomas Woodrow Wilson ao ser convidado por estudantes, para se candidatar ao governo dos Estados Unidos, alegou não possuir recursos financeiros para custear a campanha. Ciente do assunto, um senador procurou o senhor Thomas, interessado em usufruir prestígio junto ao futuro presidente, e ajudou- o, e o candidato foi eleito. Tão logo Wilson foi empossado, o senador esperto apresentou-se a ele para fazer a cobrança do seu direito pelos favores prestados. O presidente indignado com isso chamou seu ajudante de ordem                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    e mandou que retirassem o impertinente político de sua frente.
A ciência política, dentre as ciências sociais, é a mais importante de todas por representar como objeto de ação principal de um país, o bem-estar de seus habitantes, como povo feliz e consciente de seu papel, na escolha de seus representantes. Este conceito é válido para qualquer país que seja organizado e independente. O poder judiciário, deve se constituir de juízes probos, eleitos para assessorar o poder executivo nos projetos de lei nascidos no parlamento, que devem ser analisados e julgados, à luz do direito, antes de serem levados ao presidente para a sanção ou devolução. No parlamento (Câmara e Senado) o político não pode nem deve ser um leigo em Ciência Política, nem a função de vereador, deputado, senador, prefeito e presidente deve ser uma profissão, como vem acontecendo no Brasil. Qualquer país que for dirigido ou assistido por falsos políticos constitui uma nação ameaçada e destinada ao fracasso.
Para termos um Brasil livre e feliz, procuremos primeiro a inspiração em Deus, nosso Criador, e em seguida, em alguns iluminados vultos da história do desenvolvimento moral de toda a Humanidade. Na fé, temos uma fonte inesgotável através do Evangelho de Jesus, e por vontade de Deus, nomeado o governador deste belo e sacrificado planeta pela ignorância e ganância dos homens. Dos vultos, iniciamos com o filósofo Aristóteles, no século IV A.C, o primeiro a falar em Ciência Política sem ser politico, porém foi na política e na ética que ele mais atuou, legando ao mundo de todos os tempos um Tratado da Política e uma Ética, que poderiam ser á base da formação político-social de qualquer nação neste planeta.
O grande filósofo Aristóteles colocava a honra e a virtude acima de todos os demais bens da vida, e falou que a honestidade e a justiça são os objetos da política e da ética, e  como educador fazia-se tão convincente que Alexandre Magno, em suas guerras de conquista jamais permitiu qualquer desrespeito ou violência contra os velhos, as mulheres e as crianças, nas cidades por ele conquistadas, por seu conselho. É assim, com o pensamento  na memória de Aristóteles e refletindo sobre os ensinos de Jesus, que vamos tratar aqui, de algumas sugestões para serem aplicadas na renovação política do Brasil, com vistas ao bem estar de sua sociedade.

Precisamos adotar uma atitude correta na política e o primeiro passo é ensinar o povo a votar e aprender que política é algo muito sério. Política é a ciência do bem-estar dos cidadãos. Desse modo, um povo politizado não vota em partido, mas em homens íntegros e que demonstrem possuir virtude, honradez e honestidade, embora ultimamente estejam muito raro essas virtudes em grande parte dos políticos. Quando se candidata a um cargo eletivo deve sempre ter o propósito de servir à pátria e representar bem o eleitor, e eleito, não deve fazer trampolim para ficar rico facilmente. O político precisa ter uma profissão que lhe dê garantia de vida honesta e honrada, quando deixar o cargo público. O cargo político não deve oferecer salários astronômicos como observamos na atualidade, mas subsídios justos com que se possa manter durante a missão política. Um exemplo que deve ser imitado foi o do médico espírita, Adolfo Bezerra de Menezes que exerceu no Rio de Janeiro a função de Deputado Geral, e ao final do mandato estava na mesma condição financeira de quando assumiu o cargo.
O que se vem observando no Brasil desde o império até os nossos dias, na vida política do país, é um famigerado jogo de interesses escusos, em função do qual o povo sempre sofre. Os políticos da atualidade nem tomam conhecimento disso, salvo nos momentos de procura dos eleitores para pedir o voto. Outro exemplo está no nordeste, uma grande área torturada pela fome em face da seca. No período de 1930 a 1932, um político do nordeste que na época era Ministro da Viação e Obras Públicas – José Américo de Almeida -  teve um sonho feliz: mudar o curso do rio São Francisco para fertilizar a região do Nordeste que faria desaparecer o flagela das secas. O projeto foi abortado porque os políticos da época alegaram que a serra de Ibiapaba era intransponível. Mentira! A razão era o fim da indústria das secas que geravam fortunas todos os anos aos políticos desonestos.  Recentemente o caso da transposição do Rio São Francisco voltou á baila (prometida a conclusão por Lula para 2010, por Dilma 2012 e 2015) e até hoje não foi concluída por causa dos políticos inimigos do Brasil.  
É preciso exigir dos políticos o fim da multiplicidade dos partidos. Não é concebível que tenhamos 40 partidos. Qualquer “sabichão” que se imagine líder de um grupo inventa um partido e logo o registra, para poder abocanhar alguma coisa.
Ninguém pode evitar tal farra de partidos? Alguém pode, sim. Quem? Um povo instruído, politizado e consciente! É muito simples: nunca mais votar em partidos recém-criados e nem se filiar a eles. Que existam quanto muito, três partidos – um que diga “não”, outro que diga “sim” e um terceiro que faça prevalecer o equilíbrio no processo. A lei exige que votemos?  Vamos cumprira lei, porém Jesus o Mestre Amado nos ensina que não devemos nos aviltar.
Imunidades parlamentares (Art.53 § 7º da Constituição da República.   Por que imunidades se o cidadão no exercício do mandato é detentor de boa conduta? Pois, não deve ser ele um elemento de mau caráter, um criminoso vulgar, senão não poderia ser registrado e nem receber o voto do eleitorado. Por que, então, tanta preocupação com imunidades?
Aposentadorias para funções eletivas. Por que um vereador, um deputado, um senador, ou quem mais detenha uma função eletiva, deve cogitar de aposentadoria? Ele não é  empregado do governo; exerce apenas um mandato eletivo. Isto é uma vergonha, no dizer de Boris Casoy Enquanto esses trambiqueiros vão levando o dinheiro, o governo vai aumentando os combustíveis, o gás e os impostos, sem nenhum melhoramento na Educação, na Saúde, na segurança e nas estradas, culpando os sonegadores, e ainda querendo retirar os benefícios dos aposentados.  Quem sonega? Não deve ser o trabalhador, o servidor público nem o militar. Estes não tem como sonegar nada, pois já vem descontado no salário, no contracheque e no soldo. Por que o governo permite a sonegação? E quanto aos que fraudam, por que não têm eles os seus bens confiscados? E os corruptos e corruptores por que não são presos?
Quem estiver ainda mais interessado no assunto, procure adquirir o livro “Por Amor ao Brasil”  (autor: Inaldo Lacerda Lima) ou leia o evangelista Mateus, capítulo XXV, vrs. 31 a 46.
Fonte:
Livro “Por Amor ao Brasil”
“Doutrina dos Espíritos”
+ Modificações e acréscimos

Jc.
São Luís, 06/11/2017

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