segunda-feira, 30 de abril de 2018

A PATOLOGIA LULA





 
No sábado, (7/4/2018)  enquanto o Brasil acompanhava o desenrolar da rendição de Lula na sede do sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do  Campo, os agentes da PF envolvidos na operação, permaneciam o tempo todo com um olho no presente e outro no passado. Mais precisamente, em dois trágicos acontecimentos históricos:  A de Jim Jones, um pastor do Templo Popular, com orientação socialista, que no auge de sua insanidade ordenou que seus 918 discípulos cometessem o suicídio coletivo em Jonestown, em 1979, depois de submetê-los a um intenso processo de lavagem cerebral. O segundo trata-se do cerco de Waco – promovido em abril de 1993, em torno da seita “Ramo Davidiano”, na cidade do Texas. Os dravidianos eram liderados por David Koresh, autoproclamado, (como Lula) Cristo reencarnado. Ele havia prometido se entregar caso uma mensagem dele de 58 minutos fosse transmitida pelo rádio. A mensagem foi veicula, mas ele não honrou a promessa o que motivou a polícia a invadir o ‘bunker”. Não poderia ter sido pior, pois com a invasão morreram 75 pessoas, entre elas 25 crianças.
Há um parentesco irrefutável entre Jonestown e Waco e São Bernardo, com pitadas de psicopatia em ambos os casos. Muitos duvidam que, os que se espremiam nos arredores do sindicato estariam dispostos a matar ou morrer por Lula. Para eles, o messias não deveria retroceder nunca; render-se jamais. Mesmo quem estava alheio às negociações poderia vislumbrar uma tragédia, daí a frieza dos escalados para fazer valer a ordem judicial. A partir de então, ou ele dispensava a militância e se entregava, ou poderia ser preso por obstrução de Justiça, ao se negar a cumprir uma ordem judicial.
Na Europa, o fanatismo aliado à política descambou no fascismo de Benito Mussolini na Itália e no nazismo de Hitler, na Alemanha, na década de 1940. O saldo não poderia ter sido mais funesto: milhões de judeus foram parar nas câmaras de gás por discordarem de um louco varrido. Daí o perigo desse comportamento tão alucinante quanto oportunista. Para o bem da democracia, as instituições permaneceram intactas com Lula se entregando aos policiais federais.
O PT que era um partido se transformou em uma seita e deixou de lado programas, propostas e ideologia para venerar seu líder a qualquer custo. As romarias, os cânticos em seu nome, a louvação às suas palavras, tudo leva a crer que os “adoradores” de Lula já o colocaram em um pedestal de divindade, tudo obra do fanatismo, no qual nenhuma acusação de crime, nenhuma prova ou evidência pode alcançá-lo. Nem mesmo erros conhecidos, a clamorosa afronta às instituições, o descaso que demonstrou pela a ordem e a Lei, a incitação á baderna – sugerindo aos seguidores “queimar pneus”, “fazer passeatas”, “obstruir rodovias” e “ocupações nas cidades e no campo” – serão capaz de denegri-lo. Não para esses fieis fanáticos, cegos na adoração.
Não importa, não tem valor os desmandos; não maculem a imagem do “protetor dos desassistidos” – mesmo que ele tenha se apropriado do dinheiro alheio, justamente de muitos daqueles a quem prometia a salvação. É perjúrio dizer isso; pecado capital. O próprio Lula em sua imensa vaidade no rumo ao calabouço descortinou o caminho da fé, ao dizer: ”eu não sou mais um ser humano, sou uma ideia”.  Talvez o grau etílico no momento da fala naquele sábado da paixão petista, tenha contribuído para o delírio. Cada um deles, congressistas de carteirinha, tratou logo de pedir à plenária, a inclusão da menção “Lula” em seus respectivos nomes parlamentares: Assim, Gleisi “Lula” Hoffmann, Paulo “Lula” Pimenta e outros da noite para o dia.
A turma petista, nos dias que se seguiram a prisão de seu líder maior, arrastou uma patológica massa de romeiros para Curitiba, sede da masmorra/recanto de seu mentor, e ali fincou em acampamento, revezando hordas de peregrinos nos gritos de saudação: “bom dia Lula”, “boa noite Lula”, e maquinou a ressurreição do demiurgo. Levou governadores partidários para visitas improváveis, articulou comissões para averiguação das condições da cadeia, promoveu algazarra e violência a intimidar o local. Em suma, rezou conforme a cartilha de insanidade do lulopetismo. Horas antes, no palanque improvisado em um carro de som, exibiu-se à imagem e semelhança de um cadáver político. Dava para notar no tom inconformado com o próprio fim. Lula pedia a militância de muitos “lulinhas”;  já era o ente falando, e eles deviam rever as encíclicas para incluir o nome do novo santo, Lula.
Disse ele certa vez que “as pessoas deveriam ler mais a Bíblia para não usar tanto meu nome em vão”, e cravou a memorável frase de que “não existe uma viva alma mais honesta do que eu”.  Não há na política brasileira mais espaço para um messias oportunista. As previsões apocalípticas não se confirmaram: O mundo não acabou com a sua prisão, como ele e a pelegada petista vaticinaram. Lula é agora apenas um número no Cadastro Nacional de Presos. Detento ficha 700004553820, Até a soltura vai uma penosa provação, se ressurgir... Mesmo após transformar a sua prisão em um espetáculo deprimente, Lula continua mandando no PT de dentro da cadeia, tendo gleisi “Lula” Hoffman como porta-voz.  Ao abandonarem seus gabinetes de trabalho em Brasília e se instalarem na cidade de Curitiba, senadores como Roberto Requião (MDB), além de Gleisi e Lindbergh, passaram a  dar expediente na porta da Polícia Federal. Cada senador custa para a União, 1 milhão e duzentos mil por ano. Segundo um levantamento da Transparência Brasil, se eles ficarem por lá um mês, o país estará desperdiçando uma verdadeira fortuna.
Antônio Palocci, que conhece como as coisas funcionam no PT, disse: “Afinal, somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade?” O desencanto dos petistas de raiz: “Lula é muito mais esperto do que vocês pensam. Lula não tem caráter; ele é um oportunista”, diz Francisco de Oliveira, sociólogo, foi um dos intelectuais mais ativos na formação do PT. “O PT trocou um projeto de Brasil por um projeto de poder”, afirma Frei Beto, dominicano. Petista histórico, participou da formação do PT pela ala progressista da Igreja Católica.  “O espírito do PT que fundamos em 1980 era outro. O partido precisa fazer autocrítica”, diz Francisco Weffort, cientista político que foi secretário-geral do PT, duro na crítica da política centralizadora.  “O PT é uma página suja que precisa ser virada, de uma vez por todas, da nossa história. A prisão de Lula só confirma o que sempre falei sobre a cleptocracia petista”, afirma Hélio Bicudo, um dos mais conceituados juristas do País, que participou da fundação do PT. “O partido acabou. O que restam nele, são resquícios religiosos que fazem do PT uma seita”, conclui Paulo de Tarso Venceslau, economista e jornalista. Participou da fundação do partido, sendo o primeiro a denunciar a corrupção, logo nos anos de 1990.

Fica em nossa alma, no entanto, um estranhamento: daqui pra frente, quem está condenado é que dita as condições em que poderá ser preso? É o condenado quem diz quando, como e onde ele vai ser detido? Tal estranheza  se justifica porque Lula só foi prezo vinte e seis horas após o prazo dado pelo juiz Moro. É a nossa surpresa explicável porque vivemos num País em que gente desvalida e honesta, até quando é despejada, tem de sair correndo com o filho porque, caso contrário, o trator ronca e passa por cima, pondo tudo abaixo. Se o objetivo era evitar gente ferida, foram justamente os petistas que mandaram para o hospital, um empresário com traumatismo craniano, e o mínimo que se espera é que seus agressores sejam pronunciados por tentativa de homicídio doloso (e não  por lesão corporal). Jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos também foram agredidos, e as entidades formadas por proprietários de meios de comunicação defenderam os seus funcionários agredidos e feridos e os sindicatos da categoria, dos quais se esperava veementes protestos, silenciaram.
Finalmente, há dois outros fatos em nosso estranhamento. O primeiro: Lula mandou dizer a PF que ele garantia a segurança dos agentes. O que é isso? Não é ao Estado que tem a legalidade e a legitimidade do monopólio da violência, que cabe dar tal garantia? O segundo ponto: Lula manifestou aos seus “companheiros” a sua insatisfação com os ministros do STF indicados pelo PT e que votaram contra o seu habeas corpus. Quer dizer, então, que o partido indicou os ministros na esperança de eventuais barganhas? Isso desenha, claramente, a concepção autoritária, utilitarística e totalitária que Lula tem da Justiça. 
Haverá, com certeza, uma mobilização para tirar Lula da cadeia, pois a sua salvação é também a sobrevivência da elite corrupta, entenda-se a elite não só a política, mas os empresários, os altos funcionários do Estado e das empresas  e bancos, e ainda, com a conivência de alguns membros do STF. Tendo em vista o teto do cargo vitalício até os 75 anos, dos ministros do STF, o ideal seria a aprovação da PEC 35/2015, que determina o tempo que um ministro pode permanecer na corte em 10 anos. O Congresso deveria também criar uma lei, para todas as instâncias do Judiciário, (inclusive para o STJ e STF) determinando que o ministro ou responsável por processos, só possa permanecer com ele em suas mãos pelo prazo máximo de um ano, sob pena de perder o cargo, para evitar o que acontece atualmente, dele prescrever, sem o devido julgamento, como no caso do processo em que o réu Flaviano Melo, acusado de gestão fraudulenta e desvio de recursos públicos quando governou o Acre em 1980, (hoje, deputado federal), que chegou às mãos do decano Celso de Melo, em março/2008, durando dez anos, (prescrevia em junho) e que ele extinguiu o processo, mesmo sendo pressionado pela dirigente da PGR, Raquel Dodge, para colocá-lo em julgamento.
É preciso essa Lei para evitar esse e outros casos como o do senador Renan Calheiros que também já prescreveu, e nos livrar de termos que aturar os ministros protetores dos corruptos até os seguintes prazos:   Marco  Aurélio, até 2021;  Lewandowski  2023;  Gilmar até 2030; e o Toffoli  até 2042.
Fonte:
Revista “Isto É” edição nº 2521
Editorial de Carlos José Marques
Artigos de: Sérgio Pardellas, Elvira Cançada
Marco Antônio Villa, Germano Oliveira, Tábata
Vlaplana e Antônio Carlos Prado.
+ pequenos acréscimos e supressões.

Jc.
São Luís, 23/4/2018

POR AMOR AO BRASIL





 
Somos espíritas.  
E tudo o que formos dizer aqui será dito à luz da Doutrina Espírita. Assim sendo, vamos explicar sem rodeios e para que a nossa explicação não seja eivada de fanatismo e paixão, é necessário, antes de tudo, que expressemos um conceito tão simples quanto profundo do que seja a Doutrina dos Espíritos.  Registramos aqui a definição que lhe deram os Espíritos Superiores que o revelaram a Allan Kardec: É a Terceira Revelação de Deus à Humanidade.
A primeira Revelação veio através da mediunidade de Moisés, representada pelo Decálogo (Dez Mandamentos), quando o legislador dos hebreus se encontrava meditando no monte Horeb. A segunda Revelação veio por intermédio de Jesus, o Cristo de Deus, em nosso planeta, constante de seu Evangelho registrado pelos evangelistas: Mateus (Levi) e João, que conviveram com o Mestre, e Marcos e Lucas, numa fase em que a civilização da Humanidade se iniciava na sua madureza moral e havia sido prevista por Moisés e pelos profetas, e enfatizada em certos detalhes pelos profetas Isaías e Malaquias. Jesus percebeu pela sua mediunidade, que os seus ensinos seriam modificados, truncados, mistificados e falsificados, em favor dos interesses egoísticos dos seres humanos: eles os transformariam em religião particular, da qual muitos tirariam proveito, honrarias, títulos pomposos, poderes materiais e  enriquecimento, corrompendo-os. Ciente disso, Jesus então prometeu outro Consolador que viria ratificar todas as verdades constantes nos seus ensinos e retificar tudo quanto fora modificado pela má fé dos homens. 
O Consolador, Paracleto, Espírito de Verdade ou Doutrina dos Espíritos, como a terceira revelação, que se constitui de Filosofia, Ciência e Religião, se apresentou ao mundo quando a Humanidade começou a ser vacinada contra o vírus do materialismo, do fanatismo religioso e o planeta está se aproximando de uma fase nova, regeneradora da moral e dos costumes. Esta fase está prevista para ser neste 3º milênio da era cristã, também cognominada pelo Plano Espiritual como Era Nova do Espírito, que não está vindo com exclusividade para os Espíritas, mas para todos os seres humanos que, por humildade, evolução e amor ao próximo estiverem em condições de permanecerem no planeta, continuando nele, renascendo e que serão os herdeiros do Reino dos Céus, conforme Jesus declarou no Sermão da Montanha. 
É do nosso dever afirmar que essas três grandes revelações não vieram para a Terra com exclusividade nem para judeus ou para cristãos, mas para toda esta Humanidade. Existe uma particularidade na Ciência Espírita, que se faz também necessário esclarecer, que é a lei da reencarnação, que as outras religiões ditas cristãs ignoram e trocam pelo dogmatismo, tendo em vista interesses, apesar de ser explícita no Velho e Novo Testamento, sendo que alguns a repudiam e outros a desconhecem, enquanto muitos libertos das amarras impostas pelo fanatismo a aceitam como uma verdade divina.
O que é Ciência Política?  Qual a melhor definição? H. Heller, na Encyclopedia of the social sciences de (Macmillan, New York, 19345 página 209) assim se expressa: “A ciência política dá ênfase às relações desses fenômenos (soberania, independência política, liberdade, governo) com as situações reais determinadas pelas classes sociais, á geografia, a religião e os tipos de controle econômico, político ou psicológico que entram em jogo”. A partir daí, talvez seja possível formar um juízo das ações, mormente quando se queira referir a um sistema político favorável ao Brasil, e demonstrar que a grande dificuldade deste país, repousa no fato de não existir, na maioria dos seus políticos, nenhum senso lógico dessa ciência, nem em sua administração governamental nem em seus poderes legislativo ou judiciário.
Na área judicial, infelizmente, se verifica um poder muito mais influenciador negativo que técnico jurídico de correção e cumprimento das leis, visto também no executivo e no poder legislativo. É impossível ser um bom político, sem que ele seja ciente dos verdadeiros objetivos de uma ciência política.
Vejamos o que se passou na história política dos Estados Unidos da América, quando Thomas Woodrow Wilson ao ser convidado por estudantes, para se candidatar ao governo dos Estados Unidos, alegou não possuir recursos financeiros para custear a campanha. Ciente do assunto, um senador procurou o senhor Thomas, interessado em usufruir prestígio junto ao futuro presidente, e ajudou- o, e o candidato foi eleito. Tão logo Wilson foi empossado, o senador esperto apresentou-se a ele para fazer a cobrança do seu direito pelos favores prestados. O presidente indignado com isso chamou seu ajudante de ordem                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    e mandou que retirassem o impertinente político de sua frente.
A ciência política, dentre as ciências sociais, é a mais importante de todas por representar como objeto de ação principal de um país, o bem-estar de seus habitantes, como povo feliz e consciente de seu papel, na escolha de seus representantes. Este conceito é válido para qualquer país que seja organizado e independente. O poder judiciário, deve se constituir de juízes probos, eleitos para assessorar o poder executivo nos projetos de lei nascidos no parlamento, que devem ser analisados e julgados, à luz do direito, antes de serem levados ao presidente para a sanção ou devolução. No parlamento (Câmara e Senado) o político não pode nem deve ser um leigo em Ciência Política, nem a função de vereador, deputado, senador, prefeito e presidente deve ser uma profissão, como vem acontecendo no Brasil. Qualquer país que for dirigido ou assistido por falsos políticos constitui uma nação ameaçada e destinada ao fracasso.
Para termos um Brasil livre e feliz, procuremos primeiro a inspiração em Deus, nosso Criador, e em seguida, em alguns iluminados vultos da história do desenvolvimento moral de toda a Humanidade. Na fé, temos uma fonte inesgotável através do Evangelho de Jesus, e por vontade de Deus, nomeado o governador deste belo e sacrificado planeta pela ignorância e ganância dos homens. Dos vultos, iniciamos com o filósofo Aristóteles, no século IV A.C, o primeiro a falar em Ciência Política sem ser politico, porém foi na política e na ética que ele mais atuou, legando ao mundo de todos os tempos um Tratado da Política e uma Ética, que poderiam ser á base da formação político-social de qualquer nação neste planeta.
O grande filósofo Aristóteles colocava a honra e a virtude acima de todos os demais bens da vida, e falou que a honestidade e a justiça são os objetos da política e da ética, e  como educador fazia-se tão convincente que Alexandre Magno, em suas guerras de conquista jamais permitiu qualquer desrespeito ou violência contra os velhos, as mulheres e as crianças, nas cidades por ele conquistadas, por seu conselho. É assim, com o pensamento  na memória de Aristóteles e refletindo sobre os ensinos de Jesus, que vamos tratar aqui, de algumas sugestões para serem aplicadas na renovação política do Brasil, com vistas ao bem estar de sua sociedade.

Precisamos adotar uma atitude correta na política e o primeiro passo é ensinar o povo a votar e aprender que política é algo muito sério. Política é a ciência do bem-estar dos cidadãos. Desse modo, um povo politizado não vota em partido, mas em homens íntegros e que demonstrem possuir virtude, honradez e honestidade, embora ultimamente estejam muito raro essas virtudes em grande parte dos políticos. Quando se candidata a um cargo eletivo deve sempre ter o propósito de servir à pátria e representar bem o eleitor, e eleito, não deve fazer trampolim para ficar rico facilmente. O político precisa ter uma profissão que lhe dê garantia de vida honesta e honrada, quando deixar o cargo público. O cargo político não deve oferecer salários astronômicos como observamos na atualidade, mas subsídios justos com que se possa manter durante a missão política. Um exemplo que deve ser imitado foi o do médico espírita, Adolfo Bezerra de Menezes que exerceu no Rio de Janeiro a função de Deputado Geral, e ao final do mandato estava na mesma condição financeira de quando assumiu o cargo.
O que se vem observando no Brasil desde o império até os nossos dias, na vida política do país, é um famigerado jogo de interesses escusos, em função do qual o povo sempre sofre. Os políticos da atualidade nem tomam conhecimento disso, salvo nos momentos de procura dos eleitores para pedir o voto. Outro exemplo está no nordeste, uma grande área torturada pela fome em face da seca. No período de 1930 a 1932, um político do nordeste que na época era Ministro da Viação e Obras Públicas – José Américo de Almeida -  teve um sonho feliz: mudar o curso do rio São Francisco para fertilizar a região do Nordeste que faria desaparecer o flagela das secas. O projeto foi abortado porque os políticos da época alegaram que a serra de Ibiapaba era intransponível. Mentira! A razão era o fim da indústria das secas que geravam fortunas todos os anos aos políticos desonestos.  Recentemente o caso da transposição do Rio São Francisco voltou á baila (prometida a conclusão por Lula para 2010, por Dilma 2012 e 2015) e até hoje não foi concluída por causa dos políticos inimigos do Brasil.  
É preciso exigir dos políticos o fim da multiplicidade dos partidos. Não é concebível que tenhamos 40 partidos. Qualquer “sabichão” que se imagine líder de um grupo inventa um partido e logo o registra, para poder abocanhar alguma coisa.
Ninguém pode evitar tal farra de partidos? Alguém pode, sim. Quem? Um povo instruído, politizado e consciente! É muito simples: nunca mais votar em partidos recém-criados e nem se filiar a eles. Que existam quanto muito, três partidos – um que diga “não”, outro que diga “sim” e um terceiro que faça prevalecer o equilíbrio no processo. A lei exige que votemos?  Vamos cumprira lei, porém Jesus o Mestre Amado nos ensina que não devemos nos aviltar.
Imunidades parlamentares (Art.53 § 7º da Constituição da República.   Por que imunidades se o cidadão no exercício do mandato é detentor de boa conduta? Pois, não deve ser ele um elemento de mau caráter, um criminoso vulgar, senão não poderia ser registrado e nem receber o voto do eleitorado. Por que, então, tanta preocupação com imunidades?
Aposentadorias para funções eletivas. Por que um vereador, um deputado, um senador, ou quem mais detenha uma função eletiva, deve cogitar de aposentadoria? Ele não é  empregado do governo; exerce apenas um mandato eletivo. Isto é uma vergonha, no dizer de Boris Casoy Enquanto esses trambiqueiros vão levando o dinheiro, o governo vai aumentando os combustíveis, o gás e os impostos, sem nenhum melhoramento na Educação, na Saúde, na segurança e nas estradas, culpando os sonegadores, e ainda querendo retirar os benefícios dos aposentados.  Quem sonega? Não deve ser o trabalhador, o servidor público nem o militar. Estes não tem como sonegar nada, pois já vem descontado no salário, no contracheque e no soldo. Por que o governo permite a sonegação? E quanto aos que fraudam, por que não têm eles os seus bens confiscados? E os corruptos e corruptores por que não são presos?
Quem estiver ainda mais interessado no assunto, procure adquirir o livro “Por Amor ao Brasil”  (autor: Inaldo Lacerda Lima) ou leia o evangelista Mateus, capítulo XXV, vrs. 31 a 46.
Fonte:
Livro “Por Amor ao Brasil”
“Doutrina dos Espíritos”
+ Modificações e acréscimos

Jc.
São Luís, 06/11/2017

O SUICÍDIO





 
Não faz muito tempo, o país foi abalado pelo pedido formulado por um casal de idosos, num anúncio de jornal, em que afirmavam “estamos cansados de sentir solidão” e procuravam um médico que lhes aplicassem uma injeção letal. O drama comoveu muitas pessoas. Segundo eles, nos últimos cinco anos, não haviam recebido nenhuma visita de seus dois filhos ou dos seus amigos de outrora.

O problema do casal foi resolvido, não como eles pediam, mas de uma maneira muito mais fraterna e de acordo com a Lei Divina. Pessoas se mobilizaram e eles foram viver em um local bonito, em meio a muito verde, flores e com outros idosos com quem passaram a compartilhar horas, carinhos e experiências.

Infelizmente, não são somente pessoas idosas que, por solidão, abandono e problemas, desejam fugir da existência terrena. Em todo o país, o número dos que tentam se matar é incalculável. E nos últimos quinze anos, o fantasma do suicídio tem pesado mais para os adolescentes. Os motivos alegados são: separação dos pais, contaminação pelo vírus HIV, ou o uso de drogas. São ainda fatores de riscos apontados, a perda de dinheiro, de parentes, a depressão, mudança de condições econômicas, de saúde, intoxicação por álcool, abandono, desesperança,  falta de religiosidade e fé na bondade de Deus.

As cifras dizem que, para cada suicídio consumado, existem dez tentativas frustradas. Por quê?  Se as causas são conhecidas, ainda assim não se resolve o problema. É necessário oferecer o remédio eficaz, e este reside na fé, no conhecimento dos objetivos da existência. Quando o ser humano se conscientizar de que a vida não é somente a  existência terrena; que morto o corpo físico, a vida prossegue na Espiritualidade, verificará que não lhe adiantará nada destruir o seu corpo. Ele como Espírito, continuará a existir e os problemas que lhe levaram a tal gesto,  serão, agravado pela infração à Lei Divina.

Quando o ser humano tomar conhecimento de que ele é produto exclusivo do amor de Deus, Pai de Amor, de Bondade e Misericórdia,  que na Terra vive uma etapa curta que objetiva lhe fornecer condições de crescer em moral, inteligência, conhecimento e amor; quando se der conta de que é chamado todos os dias a cooperar na grande obra da criação, então não mais tentará fugir da existência terrena, porque a nossa vida não acaba jamais; a imortalidade é a nossa dádiva maior.

De todas as mortes a pior é a morte pelo suicídio. Nesta não existe a suave quietação da morte comum nas pessoas normais. Sócrates, já ensinava a um discípulo:  “Será para ti motivo de estranheza verificar que há para todos necessidade de viver, mesmo para os que têm a esperar mais da morte do que da existência. E notarás que não lhe é permitido procurar a morte por suas próprias mãos, sendo obrigado a esperar outro libertador”.

Pensando que se destrói, o suicida vai ao encontro de situações e sofrimentos horríveis. Quando recupera a consciência, surpreende-se de estar vivo, porém sem possibilidade de movimentar o seu cadáver. Cercam-no horrendas entidades vampirizadoras desejosas de sugando-lhe as energias vitais soltas pelas células em decomposição, e ainda adversários ou simples zombeteiros o atormentam com ofensas, deboches e recriminações. E como se não bastasse, revive a cena suicida quase que constantemente com a sensação das dores sofridas pelo corpo. Acompanhando a lenta decomposição do corpo, procura desvencilhar-se, mas não consegue; o seu perispírito fica preso por longo tempo nos seus restos mortais, vendo a decomposição do seu corpo.

Quando o ser humano estabelecer objetivos para sua existência, que não sejam apenas ao pequeno período na carne, descobrirá os tesouros dos dias e se enriquecerá de paz. Quando a pessoa acreditar que é um fluído divino, isto é, um Espírito com enorme potencial de superação dos problemas, não mais fugirá, dando atestado de covardia, porque muitos aflitos afirmam: “Não tenho coragem de me matar”. Por isso o suicídio não é um ato de coragem; mas de covardia. Covardia essa que motiva a criatura a fugir dos problemas, antes de buscar resolvê-los. Covardia que faz com que o suicida procure se omitir, deixando as dificuldades para os que ficam saudosos feridos e abandonados. É ainda um ato egoísta porque o suicida só vê a si mesmo, o seu problema, a sua dor, sem se importar com os sofrimentos que causa aos outros. Em nenhum momento pensou no sofrimento que causará aos pais aflitos, na companheira ou companheiro abandonado, nos filhos jogados às mãos dos outros, nos parentes e amigos que se empenharam para que sua reencarnação fosse de progresso e evolução.

Ato de coragem mesmo é existir, é viver. Enfrentar todos os dias as mesmas dificuldades e superá-las. Ato de coragem é trabalhar todos os dias construindo o mundo novo que começa dentro de cada um. Se você está pensando em desertar da existência, pare e pense. Em que a sua morte melhorará a sua situação, visto que os problemas que o afligem, seguirão com você para além do túmulo? – Retire os óculos escuros do pessimismo que lhe fazem ver tudo negro e coloque lentes claras da esperança. A solução para sua dificuldade pode vir amanhã. Quem sabe haja uma saída que você ainda não tentou? Vá deitar com o problema e acorde com a solução. Dê uma chance a você mesmo, creia em Deus, faça uma oração com fé e peça a Sua proteção e tudo passará.

O que pode levar o ser humano a cometer esse gesto de extremo desespero, eis á pergunta inquietante. Em tese, apontamos algumas das principais motivações que leva a pessoa a cometer esse ato desesperador, sabendo que existem outras causas que podem também conduzir a essa situação: 1- Falta de fé; 2-orgulho exacerbado; 3-desespero e tédio; 4- desequilíbrio nervoso; 5- desânimo por moléstias consideradas incuráveis; 6- sugestões de encarnados e desencarnados.

A falta de fé,  é sem dúvida a maior responsável pela totalidade dos suicídios. É pela fé que nos propomos a fazer a parte que nos cabe executar, e confiantes em Deus e seus desígnios,  que não depende de nossa vontade.
O orgulho exacerbado,  que é a ausência da humildade, tem sido causa de desastres e dores que castigam familiares e levam seus executores (os suicidas) a séculos de desequilíbrios e sofrimentos.
O desespero e o tédio,  que atingem grande parte dos seres humanos, os levam a se acharem sem quaisquer perspectivas de melhora, e julgam como solução para seus problemas, acabar com a existência. São muitas as mensagens de desesperados suicidas, com referência ao “desencanto com a existência”, lamentando não terem procurado buscar ajuda e sem esperanças de dias melhores.
O desequilíbrio nervoso,  que poderia ter sido combatido e evitado no início, se a pessoa tivesse procurado os recursos da medicina convencional e da medicina espiritual, certamente o equilíbrio emocional voltaria ao normal e não teria chegado a tal procedimento.
O desânimo com moléstias consideradas incuráveris . Os portadores dessas moléstias não vêem mais motivos para continuarem vivos, sem perceberem que para Deus tudo é perfeitamente possível, e que muitas das enfermidades, hoje, são controladas pela medicina moderna. Esclarecem os Espíritos Superiores que o desânimo é sem dúvida, na maioria dos casos, o início de tudo; muitas vezes da Espiritualidade vem á cura quando a Medicina já desistiu, por ter chegado ao limite dos seus conhecimentos.
Sugestões de encarnados e desencarnados. Muito desses atos extremos foi estimulado por entidades infelizes, inimigos do passado, que induzem o infeliz ao suicídio como vingança. Por outro lado, pessoas há que só sabem conversar sobre assuntos negativos, desanimadores, influenciando o fraco de espírito ao desespero e à desdita.

Muitos suicidas se deixaram envolver pelas sugestões de pessoas desequilibradas dos dois mundos e se já acalentavam motivos pessoais para cometer esse ato lastimável, encontram poderoso estímulo para seu cometimento. Muitas obras especializadas de origem mediúnica, falam-nos de vales sinistros, onde se congregam em infelizes e trevosas sociedades, onde os quadros são terríveis, de desespero, angústia, lamentações, solidão, trevas e pesadelos horrendos. O suicida que teve a ilusão de ver seus problemas resolvidos com a extinção do corpo físico, que pensava cessarem seus problemas e dores, depara-se com uma situação agravada pelo seu ato, com os mesmos sofrimentos e mergulhado na tortura.

Emmanuel, tratando da questão no livro “O Consolador”, informa: “A primeira decepção que aguarda o suicida, é a realidade da vida que não se extinguiu com a destruição do corpo físico. Suicidas há que continuam experimentando os sofrimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo perispiritual. Anos após anos, sentem as impressões terríveis do que lhes aniquilou as energias. Comumente, a pior emoção do suicida é a de acompanhar, minuto a minuto, o processo de decomposição do corpo abandonado na Terra”. De todos os desvios da existência humana, o suicídio é o maior deles pela sua característica de falso heroísmo, de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, sem a devida misericórdia.

Em outra obra intitulada “Pronto Socorro”, Emmanuel fala aos que pensam em desertar da existência pela morte provocada: “Quando a idéias de suicídio te assome à cabeça, reflete, antes de tudo, na Infinita Bondade de Deus, que te instalou na residência planetária; em seguida ora, pedindo socorro aos Mensageiros da Providência Divina. Se a idéia continuar a torturar-te, refugia-te no trabalho edificante, sendo útil aos que te cercam. Visita um hospital, para avaliar quantos irmãos portadores de situações piores, ás vezes com moléstias irreversíveis, lutando para viver, enquanto queres desistir dela por nada. Entrega-te ao serviço do bem ao próximo e faze empenho em esquecer-te, porque a voluntária deserção e destruição de tuas possibilidades físicas representarão um ato de desconsideração para com Deus, e as bênçãos que te possibilitaram a existência”.

Um espírito evoluído já nos recomendava: “Aceitem as dores, a cegueira, as deformações, a desgraça, a miséria e tudo que de injusto possam ter na Terra, que ainda são coisas pequenas em comparação ao que espera o suicida na sua atitude de se despedir da existência”. Jesus, no Sermão da Montanha, nos acalma dizendo: “Bem-aventurados os que sofrem e choram, porque serão consolados”. A calma e a resignação na existência terrena, acompanhada da fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. A existência na Terra é uma viagem corretiva e de evolução. Começa na meninice, avança pelos caminhos da plenitude física e altera-se na velhice, para renovar-se além da morte.

Não devemos nos escravizar aos bens materiais, mas usando o estritamente necessário. Há muitos viajantes que sucumbem na caminhada sob pesados cofres de ouro, a que se agarram desvairados. Não prossigamos viagem guardando ressentimento, para que não aconteça ficarmos presos ao labirinto do ódio. Vamos recordar que iniciamos a jornada terrena, sem qualquer patrimônio material e encontramos carinhosos braços maternos que nos embalaram e nos ampararam em nome do Eterno Pai.

Prazer e dor, simplicidade e complexidade, escassez e abastança, beleza de forma ou deformidade do corpo, são simples lições para a ascensão. Não menosprezemos o tempo que é empréstimo divino, que recebemos para a edificante peregrinação, e o nosso corpo é o veículo santo colocado pelo Pai Celestial, a nosso serviço. Não devemos nunca jogar fora a existência que nos foi concedida porque muitos e muitos Espíritos ficam a espera de uma oportunidade para retornar à Escola Terrena.

Oremos em favor dos suicidas e daqueles que pensam em tal atitude como solução para seus problemas, certos de que nossa oração produzirá efeitos altamente benéficos, pois quem precisa de auxílio, somente através da oração e da fé em Deus, encontrará a resignação e a paz para completar a sua existência. A existência é para ser vivida, e não para ser sacrificada... Que Jesus na sua infinita bondade, nos ilumine a fim de podermos afastar esse pensamento suicida.

Bibliografia:
Maria Helena Marcon
Milton Luz / Emmanuel
Evangelho de Jesus
+ acréscimos e alterações.

Jc.
S. Luís, 2001
Refeito em 2/11/2017